Protestos contra a imigração são registrados no Reino Unido, Japão e Austrália

Insatisfeitos com a forma que seus governantes tratam o fluxo migratório, milhares de pessoas protestaram nos três países

Por Chico Gomes | GNEWSUSA

Milhares de pessoas protestaram no Reino Unido, Japão e Austrália, neste domingo (31) e hoje (1), contra a imigração e políticas de asilo. As manifestações expõem um cenário de crescente insatisfação dos moradores desses países com a forma que o fluxo migratório está sendo tratado por seus governantes.

No Reino Unido foi realizado um protesto ontem na cidade de Falkirk, na Escócia. Centenas de pessoas segurando cartazes com mensagens como “stop the boats (parem os barcos)” se concentraram em frente ao Cladhan Hotel, que abriga solicitantes de asilo. Um dos líderes do ato negou ligação com grupos extremistas. “Nós somos descritos como nazistas e racistas. Nada poderia estar mais longe da verdade”, disse.

No mesmo dia, cerca de 120 pessoas participaram de outra manifestação contra imigrantes na cidade escocesa de Aberdeen, também diante de um hotel destinado ao acolhimento de imigrantes asilados no país.

Ainda neste domingo foram registrados protestos na Austrália. Milhares de pessoas marcharam em Sydney, Melbourne e outras cidades em manifestações organizadas pelo movimento conhecido como March for Australia. Os participantes exigiam o fim da imigração em massa.

Glenn Allchin, um dos manifestantes, disse que a Austrália está “chegando ao limite”, com o governo “trazendo cada vez mais pessoas” para o país. “Nossos filhos estão tendo dificuldades para conseguir casas, nossos hospitais – temos que esperar sete horas -, nossas estradas, a falta de estradas”, afirmou.

Já nesta segunda-feira (1), ocorreram protestos nas cidades de Tóquio e Osaka, no Japão, contra a chamada iniciativa das “cidades natais africanas”, apresentada pela Agência de Cooperação Internacional (Jica) durante a Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento da África.

Lançado na semana passada, o projeto designou quatro cidades japonesas como parceiras de países africanos, com foco em cooperação cultural e programas educacionais. As cidades são: Kisarazu, em parceria com a Nigéria; Sanjo, com Gana; Nagai, com Tanzânia; e Imabari, com Moçambique.

Comentários difundidos nas redes sociais e em veículos de imprensa africanos dizem que o acordo incluiria, além do intercâmbio cultural, vistos especiais e facilidades migratórias para africanos se mudarem para o Japão.

O secretário-chefe do gabinete do governo do Japão, Yoshimasa Hayashi, negou essa medida. “Não há intenção de promover a imigração ou emitir vistos especiais para os países parceiros, como algumas informações sugeriram. Essas alegações não são baseadas em fatos”, assegurou.

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