Operação Expertise mira esquema de fraudes em contratos públicos no Pará

Investigação apura desvios de R$ 198 milhões envolvendo empresários, servidores e empresas de fachada

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

Nesta terça-feira, 2 de setembro de 2025, a Polícia Federal em Belém, em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou a Operação Expertise, com o objetivo de investigar uma organização suspeita de crimes contra a Administração Pública e lavagem de dinheiro em contratos fraudulentos de órgãos estaduais e municipais do Pará.

De acordo com as investigações, as fraudes ocorreriam a partir da utilização de recursos federais repassados pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS). O esquema envolveria empresários, servidores públicos e empresas de fachada, estruturados para manipular processos de licitação e repasses financeiros.

Segundo a PF, o modus operandi consistia em direcionamento de licitações, adesões irregulares a atas de registro de preços, simulação ou execução parcial de contratos administrativos e movimentação de vultosos valores públicos, que depois eram sacados em espécie e redistribuídos entre os integrantes da organização.

O valor dos contratos sob suspeita chega a aproximadamente R$ 198 milhões. Para avançar nas apurações, a operação cumpre 18 mandados de busca e apreensão, além de medidas judiciais como:

Bloqueio de ativos no montante de até R$ 198 milhões;

Afastamento de sigilo bancário e fiscal de 17 investigados;

Prisão preventiva de 5 pessoas;

Monitoramento eletrônico aplicado a um investigado;

Afastamento cautelar de 6 servidores públicos;

suspensão das atividades de 4 empresas investigadas, incluindo contratos vigentes com órgãos do estado e do município de Marituba (PA).

As diligências contam com a atuação de 65 policiais federais e 6 auditores da CGU e estão sendo realizadas em Belém e Marituba (PA).

A Operação Expertise reforça a atuação conjunta dos órgãos de controle no combate a esquemas de desvio de verbas públicas que deveriam ser aplicadas em áreas essenciais, como educação e saúde.

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