
A agência internacional monitora sinais do resfriamento das águas do Pacífico, que historicamente influencia chuvas, secas e temperaturas extremas em diversas regiões do mundo
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Por definição, a La Niña corresponde ao resfriamento periódico da temperatura da superfície do mar na porção equatorial do Oceano Pacífico, acompanhado por mudanças na circulação atmosférica tropical — incluindo variações nos ventos, nos gradientes de pressão e nos padrões de precipitação.
Apesar da expectativa de que sinais de resfriamento associados à La Niña comecem a aparecer já em setembro, o relatório divulgado hoje pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) indica que as temperaturas médias globais devem permanecer acima da média em grande parte do planeta até novembro.
As projeções da OMM apontam 55% de probabilidade de que as temperaturas da superfície do mar no Pacífico equatorial atinjam níveis compatíveis com La Niña entre setembro e novembro; ao estender a janela para outubro-dezembro, essa chance sobe para aproximadamente 60%.
A agência alerta que eventos climáticos naturais como a La Niña ocorrem dentro de um contexto mais amplo de alterações climáticas de origem humana, que têm elevado as temperaturas globais, intensificado extremos climáticos e alterado os padrões sazonais de chuva e temperatura.
Por fim, a OMM observa que as previsões de precipitação para o período “assemelham-se às condições normalmente observadas durante um La Niña moderado”, o que implica mudanças regionais no regime de chuvas com potenciais impactos em setores como agricultura, recursos hídricos e gestão de riscos climáticos.
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