
Petro alegou que liberação no Brasil protegeria a Amazônia
Por Redação | GNEWSUSA
Em evento com Lula em Manaus ontem (9), o presidente da Colômbia, Gustavo Petro inflamou o debate pela liberação da cocaína no Brasil argumentando que a decisão protegeria a selva amazônica do desmatamento.
“Se a cocaína fosse legalizada no mundo, não haveria essa destruição da selva amazônica. Esse é um tema de discussão. A América Latina também deveria discutir sem temor, sem constrangimento, sem vergonha de discutir, porque é como se nós fôssemos criminosos e estamos agachando a cabeça para uma política feita em Nova York, uma política fracassada.“, disse o presidente colombiano afirmando que a política atual, coordenada por países como os EUA, falhou e causou mais danos à região e aos jovens latino-americanos.
Segundo Petros, “se a cocaína fosse legalizada no mundo, não haveria essa destruição na Amazônia e ressaltou que a proibição enriquece as máfias e leva à violência, enquanto a legalização permitiria que o Estado regulasse e taxasse a substância, assim como ocorre com a maconha e o álcool em alguns lugares“.
Na mesma agenda, o presidente Lula inaugurou o Centro de Cooperação de Polícia Internacional.
FOCADOS NA JUVENTUDE CRIMINOSA
Engrossando o coro das políticas esquerdistas, o amigo de Lula também exaltou o número de jovens presos por, segundo ele, “cometerem crimes menores” por conta da política de repressão antidrogas.
Em 2019, o presidente do Brasil participava de um ato com apoiadores no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, em São Paulo e declarou o seguinte: “Não posso ver mais jovens de 14 e 15 anos assaltando e sendo violentado, assassinado pela polícia, às vezes inocente ou às vezes porque roubou um celular“. O discurso aconteceu um dia após Lula ser solto da cadeia.
VIOLÊNCIA QUE AMEDRONTA E MATA
Somente na cidade do Rio de Janeiro, cerca de 200 celulares são roubados e furtados diariamente. E, somando os registros disponíveis de 2025 (de janeiro a julho), um total de 42.256 dispositivos foram alvos de criminosos em todo o estado somente neste ano. O último levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP)- realizado em agosto sobre o mês de julho 2025 – registrou 237 vítimas que perderam suas vidas no momento em que os aparelhos foram levados.
PASSADO COMO EX-GUERRILHEIRO
O ex-guerrilheiro na década de 1980, Gustavo Petro é o primeiro presidente de esquerda eleito na Colômbia. Em campanha, prometeu reformas econômicas e sociais para combater a pobreza, desigualdade e a exclusão. Economista, ex-militante de guerrilha do M-19, Gustavo Petro, de 62 anos, era o candidato do Pacto Histórico e tinha como plataforma medidas que despertam temor em empresários e no mercado financeiro.
Aos 17 anos, Petro entrou no M-19 – movimento criado após a eleição da ala conservadora no país na década de 70 – e sua participação no grupo marca toda a sua carreira política. Foi preso em 1985 por posse ilegal de armas. O grupo guerrilheiro se transformou em um partido político em 1990, tornando-se a Aliança Democrática M-19. Petro foi um dos fundadores.
O FRACASSO DAS EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS DE LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS
De forma reiterada, defensores inflamam o discurso de que o Brasil está atrasado em relação aos países que vivem maior relaxamento quanto ao consumo e comercialização das drogas. Entretanto, nações que adotaram medidas de liberação apresentam resultados desastrosos, incluindo mais mortes por dependência, aumento da criminalidade e overdose.
Na última década, nações como Uruguai, Canadá, México e África do Sul liberaram o consumo da maconha — seguindo os passos da Holanda que foi pioneira na medida nos anos 1970, e chegando a influenciar Portugal, onde portar substâncias como cocaína, heroína e LSD, também deixou de ser crime.
Mas o estado da Costa Oeste americana, no estado de Oregon, a realidade reflete o que muitas nações estão tendo que enfrentar: com o consumo em alta, as mortes por overdose escalaram 42% em 2023, puxadas pela explosão do fentanil, o letal opioide. Também as ruas foram tomadas de gente usando drogas, uma deprimente paisagem na qual a incidência de pequenos crimes não para de crescer.
E, por aqui, brasileiros podem aguardar que a cada evento em que Lula receba chefes de Estado ligados não apenas por ideologias partidárias, mas seguidos por laços de amizade é que a discrepância das propostas esquerdistas estará lhes assombrando para tornarem-se realidade em um futuro próximo.
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