PF desmantela fábrica de bebidas falsas em Rio Claro

Homem é preso com 473 garrafas adulteradas, cigarros contrabandeados, arma e insumos ilegais em operação contra contaminação por metanol

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

Rio Claro (SP) — A Polícia Civil prendeu em flagrante, nesta quinta-feira (9), um homem suspeito de coordenar um esquema de falsificação de bebidas destiladas no interior paulista. A operação foi conduzida por agentes da Central de Polícia Judiciária (CPJ) do município e revelou uma verdadeira fábrica clandestina em pleno bairro Jardim Bela Vista.

Foram apreendidas 473 garrafas falsificadas de bebidas alcoólicas de diversas marcas conhecidas, além de 23 vasilhames vazios, rótulos e selos falsos de importação, R$ 4 mil em dinheiro, dois cheques, uma arma de fogo e comprimidos de origem estrangeira. No mesmo local, os policiais encontraram ainda 1.461 pacotes de cigarros contrabandeados do Paraguai.

Segundo as investigações, o esquema funcionava com o reaproveitamento de garrafas originais, que eram preenchidas com líquidos de baixa qualidade e sem controle sanitário, vendidos como produtos autênticos para ampliar o lucro da quadrilha. Uma das casas ligadas ao suspeito estava desocupada, enquanto a outra era usada como laboratório de falsificação.

O caso foi registrado na Delegacia Seccional de Rio Claro e o homem autuado por falsificação de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, descaminho, posse irregular de arma de fogo e afirmação falsa ou enganosa. Ele segue preso à disposição da Justiça.

Ação faz parte de ofensiva estadual contra bebidas contaminadas

A operação integra o gabinete de crise criado pelo governo de São Paulo para combater casos de contaminação de bebidas por metanol, um problema que vem se agravando em várias regiões do país. Desde setembro, forças de segurança e saúde intensificaram fiscalizações e campanhas de conscientização sobre os riscos do consumo de produtos clandestinos.

A preocupação com o metanol levou o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, a anunciar, na última terça-feira (7), a criação de um comitê nacional de enfrentamento da crise. O grupo reúne representantes do governo federal e do setor privado para trocar informações e coordenar ações preventivas.

Lewandowski destacou que nenhuma hipótese foi descartada sobre a origem das contaminações.

“Se o metanol tiver origem em produtos fósseis e estiver ligado à megaoperação envolvendo combustíveis do crime organizado, é possível que haja conexão com a adulteração. Por isso, a Polícia Federal ingressou no caso”, explicou o ministro.

Com o avanço das investigações e a intensificação das operações estaduais, o governo paulista deve pedir à Justiça autorização para destruir as bebidas falsas apreendidas, evitando que retornem ao mercado ilegal.

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