
A reputação de Lula não está bem vista, com o governo dos Estados Unidos, devido ao posicionamento que o presidente Lula vem tendo a respeito de ucrânia e china.
O conselheiro de Segurança Nacional americano, Jake Sullivan, reforçou na conversa na quarta-feira com Amorim que a declaração de Lula de que os EUA e a Europa estão incentivando a guerra é “errada”, como haviam dito antes dois porta-vozes da Casa Branca.
E esse posicionamento do presidente Brasileiro, pode colocar em risco a aprovação no Congresso americano de recursos para a Amazônia. Os republicanos já não têm boa vontade em aprovar verbas para a Amazônia. Com Lula como destinatário desse dinheiro, a disposição pode ser ainda menor. E, sem eles, nenhum projeto passa na Câmara dos Deputados.
“Se a reputação de Lula fosse uma ação na Bolsa de Valores, estaria vivendo o crash de 1929”, afirmou um ex-funcionário republicano do governo americano. “Estaria na Grande Depressão.”
Segundo ele as atitudes do presidente brasileiro colocam o governo de Joe Biden numa situação delicada para defender a parceria com o Brasil, no contexto dos embates políticos com os republicanos, e da corrida presidencial, que começou prematuramente nos Estados Unidos, embora a eleição seja só em novembro do ano que vem.
Quem também comentou a respeito foi Nicholas Zimmerman “Os democratas têm que negociar o dinheiro com o Congresso, e partir para o ataque não está ajudando”, disse Zimmerman.
Referindo-se às acusações de Lula de que os EUA e a Europa estão incentivando a guerra. Nicholas Zimmerman, da consultoria WestExec Advisors, que trabalhou no governo de Barack Obama (2009-2017), cujas equipes de relações exteriores, defesa e segurança nacional são quase as mesmas da administração Biden.
“Os republicanos estão muito incomodados com a China”, acrescentou Zimmerman, pesquisador de assuntos brasileiros no Wilson Center, em Washington. E os movimentos do presidente Brasileiro para intensificar a parceria com a china, também não ajudam”.
“Obviamente dificulta a negociação. Claro que não é responsabilidade do governo brasileiro a negociação com o Congresso, e os fundos para o meio ambiente são devidos. Mas torna mais complicado para Biden.”
Por outro lado, o governo Biden deseja levar adiante a parceria com o Brasil, apesar dessas limitações, sobretudo por causa do potencial na área ambiental. Mas o presidente americano depende do Congresso e, portanto, da maioria republicana na Câmara.
Amazon Act depende também do apoio de 10 dos 49 senadores republicanos, para atingir a maioria qualificada de 60 dos 100 votos da Casa. Mas em tese os recursos poderiam ser incluídos numa lei orçamentária, para a qual 50 votos democratas seriam suficientes.
Os planos de destinação de recursos para o meio ambiente são bastante anteriores à ida de Lula a Pequim: remontam ao início do governo Biden e até a suas promessas de campanha em 2020.
Segundo Zimmerman o governo Biden tem maturidade para entender isso, e quer investir no meio ambiente.
______________________________
Faça um comentário