
A operação Eldorado, foi deflagrada pela polícia federal na manhã desta quarta-feira (20) com o objetivo de prender suspeitos de liderarem um esquema de contrabando e venda de ouro extraído de garimpos ilegais em Terras Indígenas Yanomami. De acordo com as investigações, o minério de ouro, que era extraído de garimpos ilegais na Terra Yanomami e Venezuela, era vendido para outros países. A suspeita é que a ação ilegal tenha movimentado quase R$ 6 bilhões.
A Polícia Federal planeja cumprir, pelo menos, quatro mandados de prisão e 48 de busca e apreensão no Distrito Federal e em oito estados: RR, GO, AM, DF, TO, SP, MG, RN e PA. Os mandatos foram expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Boa Vista, capital de Roraima. Segundo a polícia federal “O esquema envolveria o contrabando de ouro venezuelano, o qual entraria clandestinamente no Brasil como pagamento pela exportação de alimentos por mercados de Roraima e do Amazonas”.
Operação Emboabas em Manaus
Outra operação, denominada como Emboabas, também foi deflagrada em Manaus para investigar esquemas criminosos envolvendo mineração ilegal de ouro. Foram cumpridos 2 mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca, além de outras medidas cautelares, nas cidades de Manaus/AM, Anápolis/GO, Ilha Solteira/SP, Uberlândia/MG, Areia Branca/RN, Ourilândia do Norte/PA, Tucumã/PA e Santa Maria das Barreiras/PA. Além da ordem de apreensão de bens no montante total de mais de R$ 5,7 bilhões.
“A Operação Emboabas, realizada no Amazonas, identificou indícios de contrabando de ouro para Europa após a prisão em flagrante de pessoa que transportava 35 kg de ouro, e pretendia entregar a dois norte-americanos, sócios de uma empresa em Nova Iorque”, informou a PF.
A operação Emboabas tem como objetivo desarticular esquemas criminosos envolvendo mineração ilegal de ouro. A investigação revelou que a organização criminosa obtém ouro de terras indígenas e leitos de rios por meio de dragas e, por meio de uma fraude, afirma que o ouro foi extraído de permissões de lavra garimpeira (PLG) devidamente estabelecidas.
A operação identificou indícios de contrabando de ouro para Europa após a prisão em flagrante de pessoa que transportava 35 kg de ouro, e pretendia entregar a dois norte-americanos, sócios de uma empresa em Nova Iorque.

Segundo informações da polícia federal, a investigação revelou que a organização criminosa adquire ouro de terras indígenas e leitos de rios com uso de dragas e, por meio de fraude, declara que o ouro foi extraído em permissões de lavra garimpeira (PLG) regularmente constituídas. Também foi identificado que o alvo principal realiza o esquentamento do ouro através de um austríaco que se naturalizou brasileiro e afirma ter mais de mais R$ 20 bilhões em barras de ouro em um suposto país independente criado pelo próprio investigado. Os investigados responderão pelos crimes de usurpação de bens da União, organização criminosa, lavagem de dinheiro, extração ilegal do ouro, contrabando, falsidade ideológica, receptação qualificada e outros tipos penais.
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