CPMI 08 de Janeiro: Deputado Marcos Rogério (PL) exige responsabilização por omissão na Segurança do Planalto

Deputado Marcos Rogério / Imagem da Web

Deputado (PL) destacou que houve um “apagão” na segurança do Palácio do Planalto, o que ocasionou diversos danos ao Patrimônio Público

Por Nicole Cunha| GNEWS

A repórter correspondente do GNEWS, Fátima Montenegro, esteve presente na coletiva concedida pelo Senador Marcos Rogério (PL) em Brasília, nesta quarta-feira (23), na qual questionou a omissão da Força Nacional de Segurança nos atos cometidos no dia 08 de Janeiro deste ano, e destacou ainda que é de extrema importância entender o que a Força Nacional fazia naquele momento e sob ordem de quem não agiu contra a invasão.

A responsabilidade de Governadores e Ministros de Estado

Quando questionado se a denúncia da PGR não enfraqueceria os argumentos dele e dos comandantes quando disseram que não poderiam agir na Esplanada, o senador respondeu que é necessário ler e atentar-se para a Legislação para que entenda a quem compete acionar a Força Nacional de Segurança.

De quem é a competência para convocar a Força Nacional de Segurança? Tem dois agentes competentes: Governadores de Estado e Ministros de Estado. Que disse que somente o Governador pode fazer a convocação da Força Nacional de Segurança? Quer vender uma versão que oculta uma omissão. Então, a Lei é clara quando diz de quem é a competência.” –  afirmou o Deputado.

 

Questionamentos sobre alegações de golpe

Marcos Rogério, que além de Deputado também é jornalista e radialista, ressaltou a importância de, em suas palavras, “não comprar teses e pensar desapaixonadamente”. Levantou ainda questionamento a respeito do onde estava a Força Nacional de Segurança, o que fazia,  ao invés de defender e proteger o Planalto.

Se eles estão dizendo que houve uma tentativa de golpe, você reconhecendo que é uma tentativa de golpe, você vai esperar que o chefe da Guarda Municipal ou o chefe da Polícia, ou do GDF, se disponha para impedir um golpe? Onde estavam os guardiões do Palácio? Aonde estava a Força de Reserva do Exército do Palácio? Aonde estava essa Força de Segurança.”  – disse Marcos.

 

A não utilização do Plano de Ação Integrada e Plano Escudo

Marcos salientou que o Plano de Ação Integrada não foi utilizado no dia 08 de Janeiro, mesmo estando pronto e aprovado, de acordo com o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, gerando indagação sobre o porquê de não ter sido colocado em prática.

Para ele, houve falha durante todo o processo, e que não só o comandante da Polícia Militar, sub comandantes de demais oficiais de alto escalão presos devem ser responsabilizados, mas também o chefe do GSI e todos aqueles que omitiram-se de sua responsabilidade de proteção.

As 200 páginas da PGR não botam segurança na porta do Palácio do Planalto. O que bota segurança na porta do Planalto é uma decisão política de alguém acionar o Plano Escudo. E é uma decisão estratégica das Forças de Segurança do GDF de fazer e de cumprir o seu dever. O que estou dizendo é que houve omissão de lado a lado.” – respondeu ao ser questionado sobre a denuncia da PGR.

 

O ofício do Ministério da Justiça sobre a Força Nacional

No dia 18 desse mês a CNN publicou que o Ministério da Justiça “evitou detalhar” em ofício enviado à CPMI sobre a atuação da Força Nacional durante os atos do dia 08/01, atendo-se a informar que haviam 296 homens mobilizados, sendo 214 na Esplanada e 82 em atividades de suporte e apoio.

O PAI está à disposição da CPI, em nenhum momento lançaram mão do Plano Escudo e nem do PAI. É isso o que estou dizendo desde o começo. Querer dizer que uma pessoa foi responsável por isso, não! Os atores, todos foram responsáveis.” – argumentou Marcos.

 

A responsabilidade da GSI

O Senador complementou que ser de oposição ou parte do Governo é normal, e cada um defende as suas teses, mas que não se deve ignorar os fatos, e que deseja esclarecimento do porquê dos planos de segurança não terem sido utilizados. E que não se pode dizer que não houve omissão dentro do Palácio do Planalto , e que dizer isso é ignorar a realidade. Ele declarou que, em seu ponto de vista, houve omissão dolosa, sendo o GSI o primeiro responsável por manter a segurança do Planalto.

 

Sobre Nicole Cunha 228 Artigos
Nicole Cunha é jornalista e profissional com uma década de experiência em atendimento e formação em Gestão Comercial. É responsável no GNEWSUSA por informações do meio político e atualidades, com o objetivo de trazer conhecimentos de forma dinâmica e de simples compreensão.

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