Foto: Reprodução. Rodrigo Ferreira/CBF.
Decisão judicial invalida mandato e abre caminho para nova era na Confederação Brasileira de Futebol
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
A Justiça formalizou nesta terça-feira (11), a decisão que confirma a saída de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e estabelece a realização de uma nova eleição no prazo de 30 dias úteis.
Assumindo interinamente o comando da CBF, José Perdiz, atual presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), recebe a responsabilidade de conduzir o processo eleitoral dentro do prazo estipulado pela Justiça. Até a posse da nova diretoria eleita, Perdiz também será encarregado de gerir as despesas essenciais para o funcionamento da entidade, incluindo salários e outros compromissos financeiros.
O presidente do STJD será notificado para formalizar o compromisso assim que possível, sendo que sua presença no Rio de Janeiro é aguardada para cumprir os trâmites estabelecidos pelo acórdão da 21ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).
Os Motivos da Mudança na Presidência
A decisão judicial, fundamentada no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que serviu como base para a última eleição, automaticamente anula o mandato de Ednaldo. Esse desdobramento é semelhante ao ocorrido anteriormente com Rogério Caboclo, invalidando todo o processo eleitoral desde 2017 na CBF.
A falta de um líder para a entidade levou o TJ-RJ a designar José Perdiz para supervisionar o processo eleitoral em um prazo de até 30 dias. Caberá ao STJ, em Brasília, avaliar a possibilidade de recurso.
Ednaldo, por sua vez, permanece empenhado em não se afastar do comando da CBF, mesmo com o recesso da entidade em andamento. O dirigente se articula para uma possível candidatura na próxima eleição, uma vez que a decisão judicial não o torna inelegível ou impõe obstáculos à sua atuação como dirigente.
A Articulação da Oposição
A queda de Ednaldo resulta de uma crescente mobilização da oposição ao dirigente, ganhando força recentemente. Os tropeços da seleção brasileira foram o catalisador para figuras como Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero saírem do ostracismo e criticarem publicamente a gestão de Ednaldo. Ambos foram banidos pela Fifa devido a acusações de corrupção.
Entretanto, a oposição vai além dessas duas figuras, e agora a questão é quem emergirá como candidato para disputar a eleição quando Perdiz convocar. Até o momento, algumas federações estaduais preferem aguardar os desdobramentos antes de se posicionarem oficialmente.
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