Governo Sul-Coreano emite ordem de retorno ao trabalho em meio à greve de médicos

Médicos sul-coreanos protestam contra ampliação de formação de médicos Reuters - Foto/Reprodução
 Protestos contra o aumento das admissões nas faculdades de medicina causam fechamento de clínicas e hospitais.
Por Camila Fernandes | GNEWSUSA

 

O governo sul-coreano emitiu nesta terça-feira (18) uma ordem de retorno ao trabalho para médicos privados, enquanto a greve da categoria, que já dura meses, ganha adesão de mais profissionais, incluindo professores de medicina. A greve é um protesto contra o aumento das admissões nas faculdades de medicina.

O Ministério da Saúde anunciou que aplicará rigorosamente os regulamentos contra instituições médicas que fecharem ilegalmente. De acordo com o ministro da Saúde, Cho Kyoo-hong, cerca de 4% das aproximadamente 36 mil clínicas privadas notificaram o governo sobre seus planos de fechamento para participar do protesto. No entanto, até as 16h (horário local), cerca de 5.379 instituições médicas, ou 14,9% das 36.059 verificadas, estavam fechadas em todo o país.

O presidente Yoon Suk Yeol classificou a greve dos médicos como “lamentável e decepcionante”. Durante uma reunião de gabinete, ele afirmou que o governo “não tem escolha senão lidar severamente com os atos ilegais que negligenciam os pacientes”, mas se mostrou disposto a trabalhar em conjunto com os médicos se retornarem ao trabalho. Segundo a lei, médicos que desafiarem a ordem de retorno podem enfrentar a suspensão de suas licenças ou outras repercussões legais.

Anteriormente, o governo havia emitido uma ordem de retorno ao trabalho para médicos estagiários em greve, mas a retirou no início deste mês.

Mobilização da Categoria

A Associação Médica da Coreia, crítica das reformas do governo, liderou a greve desta terça-feira e organizou um protesto em Seul, pedindo a reconsideração do aumento das admissões nas faculdades de medicina. “O governo deveria respeitar… todos os médicos nesta terra como especialistas em salvar vidas, não como escravos, e ouvir as suas vozes”, declarou Lim Hyun-taek, presidente da associação.

Pelo menos 10 mil pessoas participaram do protesto, segundo uma testemunha da Reuters, com manifestantes usando chapéus improvisados com a mensagem: “Evite o colapso médico”.

Uma pesquisa realizada na semana passada mostrou que quase oito em cada dez sul-coreanos se opõem à greve dos médicos. Alguns médicos e profissionais de saúde também criticaram a ação coletiva, argumentando que o aumento do número de médicos, por si só, pouco contribuirá para reforçar os serviços essenciais e as zonas rurais, que enfrentam uma escassez crescente de profissionais.

Mais da metade dos professores de medicina dos hospitais da Universidade Nacional de Seul iniciaram uma greve por tempo indeterminado na segunda-feira (17), conforme informou a agência de notícias Yonhap. Essa adesão aumenta a pressão sobre o governo para reconsiderar suas políticas de aumento das admissões nas escolas de medicina.

 

 

 

 

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Sobre Camila Fernandes / CEO-Brasil 615 Artigos
Jornalista, ela traz consigo uma rica bagagem de experiência e conhecimento no campo da comunicação. Sua dedicação à profissão a consolidou como uma profissional de destaque, cuja paixão pela verdade e pela narrativa precisa a define. Além de suas realizações no jornalismo, Camila também é a CEO da agência de marketing Authentic Media. Seu papel como líder empresarial destaca-se pela capacidade de combinar visão estratégica e criatividade, impulsionando sua agência para o sucesso. Formada em marketing Digital, atualmente Graduanda em Publicidade e Propaganda, ela continua a se aprimorar academicamente, mantendo-se atualizada com as últimas tendências e inovações no mundo da comunicação e do marketing. E desde 2023 faz parte do time de jornalistas do Gnewsusa. Adicionalmente, é importante ressaltar que Camila Fernandes desempenha o papel de CEO-Brasil no Jornal GnewsUSA, reforçando sua presença e influência no cenário da comunicação e do jornalismo.

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