Ibovespa e dólar oscilam em meio a dados do mercado de trabalho dos EUA

Ibovespa oscila com dados do mercado de trabalho dos EUA e expectativas sobre o Federal Reserve.
Investidores avaliam impacto das informações sobre emprego nos Estados Unidos e futuras decisões do Federal reserve, enquanto incertezas fiscais continuam afetando o real.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA

Nesta sexta-feira 5 de julho, o Ibovespa não mostrava uma direção clara, refletindo a análise dos investidores sobre os recentes dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos e as possíveis consequências para as próximas decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed).

Às 11h10, o principal índice da bolsa brasileira apresentava uma queda de 0,34%, registrando 125.702,99 pontos. Em contraste, o contrato futuro do Ibovespa com vencimento em 14 de agosto registrava uma leve alta de 0,06%.

O dólar, por sua vez, mostrava valorização frente ao real, encerrando uma semana de preocupações em relação às contas públicas brasileiras e críticas à política monetária nacional. No mesmo horário, a moeda norte-americana à vista subia 0,41%, cotada a R$ 5,5113. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento avançava 0,15%, para R$ 5,5070.

As sessões anteriores foram marcadas por uma volatilidade no câmbio, com o dólar chegando a R$ 5,70 na terça-feira 2 de julho, seu maior valor de fechamento desde janeiro de 2022, em meio a críticas à presidência do Banco Central e dúvidas sobre o equilíbrio fiscal. No entanto, uma mudança de tom nas declarações sobre a política fiscal trouxe alívio ao mercado, fazendo com que o dólar recuasse para R$ 5,4863 na quinta-feira 4 de julho.

No cenário internacional, os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho dos EUA mostraram a criação de 206.000 postos de trabalho em junho, superando a expectativa de 190.000 vagas, mas abaixo do número registrado em maio. A taxa de desemprego subiu ligeiramente para 4,1%, comparado a 4,0% no mês anterior.

A revisão significativa dos dados de maio e a moderação dos preços em junho indicaram uma retomada da tendência desinflacionária, aumentando a confiança do Fed no controle da inflação. Esse contexto fez com que operadores ajustassem suas expectativas para cortes nas taxas de juros pelo Fed em setembro e dezembro, o que poderia enfraquecer o dólar devido à menor atratividade dos rendimentos dos Treasuries.

Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital, destacou: “O dólar está cedendo globalmente, especialmente em relação a uma cesta de moedas fortes. Hoje, temos um ajuste pós-feriado nos EUA e, naturalmente, o payroll, que é o índice mais importante da agenda da semana.”

O Banco Central brasileiro realizará um leilão de até 12 mil contratos de swap cambial tradicional para rolar o vencimento de 2 de setembro de 2024, em um esforço para manter a estabilidade cambial frente às incertezas atuais.

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