
Evento no Rio de Janeiro debate produção regional de insumos, saúde digital, equidade e impacto das mudanças climáticas, com expectativa de declaração conjunta sobre políticas de saúde e meio ambiente.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA
O Brasil sedia a Reunião de Ministros de Saúde do G20 entre 29 e 31 de outubro de 2024, no Rio de Janeiro, com o tema central “construção de sistemas de saúde resilientes”. As discussões giram em torno de quatro áreas prioritárias: prevenção e resposta a pandemias; saúde digital; equidade em saúde; e o impacto das mudanças climáticas sobre a saúde.
Um dos principais objetivos é a criação de uma coalizão para fortalecer a produção regional de insumos estratégicos de saúde, como medicamentos e vacinas. Essa coalizão visa garantir que todos os países possam ter acesso igualitário a esses recursos essenciais, promovendo uma inovação mais acessível. Segundo a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, essa coalizão é um passo importante na luta contra a fome e a pobreza, integrando o setor de saúde a uma rede de colaboração que aumentará a segurança e a disponibilidade de insumos médicos para todos os países do bloco.
A programação começou com o painel “Combatendo a Desinformação em Saúde: Desafios e Soluções”, onde foi apresentado o resultado de um ano do projeto Saúde com Ciência, que visa combater a desinformação na área de saúde. O levantamento traz dados importantes sobre como as informações incorretas impactam a saúde pública e os desafios de combatê-las de forma eficaz.
Na quarta-feira (30), haverá um encontro da ministra Nísia Trindade com jornalistas para discutir as ligações entre mudanças climáticas e saúde, além das expectativas do Brasil para a próxima COP30. Outros tópicos da reunião incluem a resistência antimicrobiana e a ampliação da telessaúde, com o objetivo de integrar e analisar dados dos sistemas nacionais de saúde.
Espera-se que, ao término da reunião, os ministros formalizem uma declaração conjunta sobre mudanças climáticas e saúde, buscando soluções para adaptar políticas de saúde pública às novas realidades climáticas. Esse compromisso deve considerar as condições de cada país, promovendo tanto a redução de emissões na produção de insumos de saúde quanto a reconstrução de sistemas de saúde em áreas socialmente vulneráveis.
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