Condenado à morte nos EUA enfrenta decisão sobre o método de execução

Condenado à morte por crime cometido em 1999, americano de 59 anos deve escolher entre fuzilamento, cadeira elétrica e injeção letal
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

Um americano de 59 anos enfrenta uma situação angustiante enquanto aguarda a execução, agendada para 1º de novembro. Richard Moore, condenado à morte pelo assassinato de James Mahoney durante um assalto em 1999, precisa escolher entre três métodos: fuzilamento, injeção letal ou cadeira elétrica, com um prazo final até o dia 18 de outubro. Se não decidir, a execução será feita por eletrocussão, conforme as normas penais da Carolina do Sul. Notavelmente, a cadeira elétrica, que remonta a 1912, passou em recente teste e está autorizada para uso.

A Carolina do Sul é um dos poucos estados americanos que ainda permite o fuzilamento, ao lado de Mississippi, Oklahoma, Utah e Idaho. Devido a dificuldades em obter os componentes para a injeção letal, o estado reinstituiu o pelotão de fuzilamento em 2021.

Moore já havia optado pelo fuzilamento em 2022, mas sua execução foi interrompida pela Suprema Corte da Carolina do Sul, que a remarcou para 2024.

A situação de Moore também reacende o debate sobre justiça racial dentro do sistema penal. Como homem negro, sua condenação ocorreu por um júri composto exclusivamente por brancos. Seus advogados e a organização Justice 360 defendem que ele foi “seletivamente condenado à morte” em função da etnia da vítima e do histórico dos promotores, que costumam buscar a pena máxima em casos com vítimas brancas.

Possuindo um histórico de bom comportamento na prisão, onde atua como mentor para outros detentos, a defesa de Moore busca a comutação de sua sentença para prisão perpétua sem liberdade condicional.

A decisão final agora está nas mãos do governador da Carolina do Sul, Henry McMaster, que, como ex-procurador-geral, é considerado pela defesa como tendo um viés. Em uma declaração de 2022, McMaster afirmou que não pretendia revisar a sentença de Moore.

Entretanto, seus advogados insistem em buscar clemência, argumentando que seu cliente não representa “o pior dos piores” e que sua pena é uma “relíquia de uma era passada“, repleta de injustiças raciais.

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