Deputada Julia Zanatta alerta os riscos da extinção do dinheiro em papel no Brasil

Deputada Julia Zanatta. Foto: reprodução

Parlamentar propõe projeto para garantir a permanência da moeda física e critica controle excessivo com o DREX.

Por Ana Mendes | GNEWSUSA

A deputada federal Julia Zanatta (PL-SC) defendeu, em entrevista, a criação de um projeto de lei que proíbe a extinção do dinheiro em espécie no Brasil. A proposta, segundo a parlamentar, foi inspirada em iniciativas internacionais, como a de Donald Trump, que prometeu barrar a criação de uma moeda digital nos Estados Unidos caso seja reeleito em 2024.

Zanatta explicou que sua preocupação com o Real Digital, conhecido como DREX, surgiu após o início dos debates sobre essa tecnologia no Brasil. Embora não seja contra tecnologias como o pix, a deputada destaca que o fim do papel-moeda pode comprometer a liberdade individual e a privacidade financeira dos brasileiros.

“Eu comecei a estudar o tema assim que as notícias começaram a sair. A extinção do papel-moeda significa tolher a nossa liberdade”, afirmou Zanatta. Ela também chamou atenção para as dificuldades que os brasileiros desbancarizados enfrentariam em um cenário exclusivamente digital.

A deputada mencionou a China como um exemplo preocupante de controle estatal sobre o dinheiro digital. Segundo ela, o modelo chinês autoritário inclui um sistema com prazo de validade para a moeda, o que impede a poupança e força o consumo em determinados períodos.

“O dinheiro em papel é importante também pela garantia da nossa liberdade de escolha e da nossa liberdade individual e da privacidade. Porque se o nosso dinheiro está numa conta ou em em algumas contas totalmente digitais, em um clique, em uma decisão judicial, em uma perseguição política, a gente pode perder tudo, por exemplo, a China. Ela fez uma experiência com a moeda digital com prazo de validade. Ou seja, você não pode guardar dinheiro, você não pode acumular de um mês para o outro, você tem que gastar tudo naquele período que o governo vai te permitir.” alertou.

O DREX, moeda digital do Banco Central do Brasil, apresenta riscos como maior controle governamental e vigilância financeira.

Julia Zanatta também criticou novas regras previstas para o Pix, que limitariam transferências diárias a R$ 1.000, reforçando a preocupação com o controle governamental sobre o uso do dinheiro pelos cidadãos. “Defendo a tecnologia, mas o dinheiro físico é essencial para garantir a liberdade de escolha e a segurança das pessoas”, disse.

“Veja bem, o meu projeto, ele em nenhum momento fala que não é para ter o Real digital. Eu apenas no meu projeto está ali disposto a proibição do fim do papel-moeda. Por quê? Porque existe um projeto na Câmara dos Deputados de um deputado petista que fala do DREX e prevê o fim do papel-moeda em cinco anos caso esse projeto seja aprovado.”

Com sua proposta, a parlamentar busca assegurar a coexistência da moeda digital e o papel-moeda, evitando que um sistema puramente digital comprometa a privacidade, liberdade e estabilidade financeira dos brasileiros.

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1 Comentário

  1. Sou contra também essa extinção.Esse atualgoverno não éconfiável e em todos os sentidos.S um presidente gasta em irrelevâncias e nega ÁGUA a Paraiba……éo fim.

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