Defesa de Israel intercepta mísseis do Irã. Foto: Amir Cohen.
O ataque iraniano leva Israel a ativar seu sistema de defesa Domo de Ferro, enquanto as autoridades intensificam as orientações de segurança para a população.
Na noite desta terça-feira (1º), o Irã lançou uma ofensiva contra Israel, logo após alertas dos Estados Unidos sobre a iminência de um ataque iraniano. Segundo fontes locais, mais de cem mísseis foram disparados em retaliação aos ataques israelenses contra o Hezbollah no sul do Líbano. Testemunhas relataram explosões no céu de Jerusalém, resultado da ação do sistema de defesa antimísseis israelense, conhecido como Domo de Ferro.
Explosões também foram registradas em outras regiões do país, como no Vale do Rio Jordão, e até mesmo no espaço aéreo da Jordânia, onde mísseis foram interceptados. O Exército de Israel havia orientado a população a buscar refúgio em locais seguros diante da iminência de novos ataques.
Pessoas procuram abrigo após sirene soar no centro de Israel. Foto: Ronen Zvulun.
Logo após o ataque, a Guarda Revolucionária do Irã emitiu um comunicado ameaçando Israel com uma retaliação ainda mais devastadora caso o país reagisse. “Se o regime sionista responder, enfrentará uma retaliação esmagadora”, declarou a elite militar iraniana através da agência Fars.
Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden, durante uma reunião com a equipe de segurança nacional, afirmou que o país está preparado para apoiar Israel na defesa de seu território e na proteção dos americanos presentes na região. Em abril deste ano, o Irã já havia retaliado um ataque israelense à sua embaixada em Damasco, lançando centenas de projéteis contra Israel, a maioria interceptada pelas defesas aéreas do país.
A presença de grupos de porta-aviões dos EUA no Oriente Médio tem sido um fator importante na campanha militar de Israel, que enfrenta o Hamas em Gaza e o Hezbollah no Líbano. Recentemente, Israel intensificou suas operações no sul do Líbano, resultando na morte de líderes do Hezbollah, incluindo Hassan Nasrallah, e forçando o deslocamento de milhares de civis.
O governo israelense, liderado por Binyamin Netanyahu, alertou sobre a gravidade da situação e impôs restrições em Tel Aviv e Jerusalém, incluindo a limitação de reuniões e a suspensão do trabalho presencial em locais sem abrigos próximos. Netanyahu enfatizou a importância de manter a ordem interna e orientou a população a seguir as diretrizes de segurança.
As tensões no Oriente Médio continuam a exigir uma análise cuidadosa e uma resposta estratégica, e Israel está preparado para agir em defesa de sua segurança nacional.
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