O impacto do celular no desenvolvimento infantil: como o uso excessivo afeta o cérebro e a concentração

Imagem: Pxfuel
Entenda os riscos do uso exagerado de telas e descubra estratégias para proteger crianças e adolescentes.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA

O uso excessivo de celulares por crianças e adolescentes é uma preocupação crescente entre especialistas em saúde mental e neurociência. Estudos recentes indicam que o consumo prolongado de telas digitais pode afetar negativamente o cérebro em desenvolvimento, prejudicando habilidades cognitivas essenciais, como memória, atenção e controle emocional.

Impactos no cérebro infantil

Pesquisas realizadas por universidades renomadas, como Harvard e Stanford, mostram que o tempo prolongado em dispositivos móveis pode alterar a estrutura cerebral, especialmente nas áreas relacionadas à função executiva e à regulação emocional. O córtex pré-frontal, responsável por tomadas de decisão e controle do comportamento, ainda está em desenvolvimento em crianças e adolescentes, o que os torna particularmente vulneráveis ao estímulo constante gerado por notificações e interações digitais.

Além disso, o uso exagerado de celulares foi associado ao aumento nos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, e a uma redução na produção de melatonina, essencial para o sono. Isso explica por que jovens que passam horas no celular apresentam dificuldade para dormir e problemas de atenção no dia seguinte.

Efeitos na concentração e no desempenho escolar

Outro ponto alarmante é a dificuldade crescente de manter a atenção. Crianças e adolescentes habituados a estímulos rápidos, como vídeos curtos e jogos, apresentam uma menor capacidade de concentração em atividades que exigem esforço mental contínuo, como a leitura ou a resolução de problemas matemáticos. Professores relatam que alunos mostram mais dispersão e menor retenção de informações em sala de aula, resultado direto do hábito de alternar rapidamente entre tarefas no ambiente digital.

O que os pais e educadores podem fazer?

1. Estabeleça limites de uso: A Academia Americana de Pediatria recomenda que crianças de 6 a 12 anos tenham no máximo 2 horas de tempo de tela por dia, enquanto adolescentes podem usar até 3 horas, com intervalos regulares.

2. Priorize conteúdo de qualidade: Aplicativos educacionais e vídeos informativos podem ser aliados no aprendizado, mas é essencial monitorar o tipo de conteúdo acessado.

3. Incentive atividades offline: Esportes, leitura, jogos de tabuleiro e interações familiares são formas de equilibrar o tempo de uso tecnológico com experiências enriquecedoras.

4. Modele comportamentos positivos: Crianças aprendem pelo exemplo. Pais e responsáveis que usam o celular de maneira moderada inspiram hábitos saudáveis.

5. Estimule diálogos abertos: Converse sobre os efeitos do uso excessivo e ouça as preocupações dos jovens em relação à tecnologia, criando um ambiente de confiança.

A relação entre crianças, adolescentes e a tecnologia precisa de equilíbrio. O celular é uma ferramenta poderosa, mas seu uso desmedido traz sérios riscos ao desenvolvimento cognitivo e emocional. Adotar práticas que promovam um consumo consciente de tecnologia é fundamental para garantir que as gerações futuras possam crescer saudáveis e plenamente conectadas — consigo mesmas e com o mundo ao seu redor.

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