Parlamentares intensificam pressão por impeachment de Moraes: acusações de abuso de poder e autoritarismo

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Movimentos da oposição ganham força com apoio popular e críticas às ações do ministro do STF.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA

A oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificou a pressão pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Deputados e senadores, respaldados por mais de 1,4 milhão de assinaturas populares, criticam as decisões do magistrado, consideradas autoritárias e incompatíveis com os princípios democráticos.

O pedido formal de impeachment, entregue ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, conta com mais de 150 assinaturas de deputados e 36 senadores. No entanto, apesar do clamor popular, o documento ainda não foi protocolado oficialmente, e há ceticismo sobre sua tramitação devido à resistência de Pacheco em levar o caso adiante.

Acusações contra Moraes

Os parlamentares acusam Moraes de abuso de autoridade e desvio de poder, destacando pontos específicos como:

• Decisões sobre liberdade de expressão: A suspensão da plataforma X (antigo Twitter) no Brasil foi amplamente criticada como uma violação ao direito constitucional de livre expressão.

• Atuação em inquéritos controversos: Moraes é acusado de conduzir os inquéritos das fake news e das milícias digitais de forma seletiva, mirando opositores políticos do atual governo.

• Desrespeito ao devido processo legal: Alegações incluem prolongamento indevido de prisões preventivas e ações que ignoram regras de suspeição em julgamentos.

Deputados como Nikolas Ferreira têm liderado a retórica contra o ministro. Em uma live transmitida nesta quarta-feira, Ferreira afirmou: “Alexandre de Moraes se tornou o investigador, o julgador e a vítima ao mesmo tempo no processo. Isso é inaceitável. […] Uma tirania começa dessa forma. E se você quer saber, de fato, quem controla os senhores, eu pergunto a vocês: Nicolás Maduro é o quê? Um ditador. Kim Jong-un é o quê? Um ditador. Quem foi Stalin? Também é um ditador. Chame Alexandre de Moraes de ditador, e você vai perceber a diferença que há entre aqueles que, de fato, controlam a tua opinião e aqueles que, de fato, não controlam.”

Resistência no senado

Apesar da mobilização, Rodrigo Pacheco tem indicado que o pedido dificilmente avançará sem acordos políticos significativos. Especialistas apontam que a falta de consenso entre os senadores dificulta a obtenção dos dois terços necessários para aprovar o impeachment.

Apoio popular e impacto político

A crescente insatisfação com as decisões de Moraes mobilizou a base conservadora, que enxerga no impeachment uma oportunidade de restaurar o equilíbrio entre os poderes e combater o avanço de medidas que consideram autoritárias. Líderes da direita argumentam que o Senado tem o dever de ouvir a voz do povo e garantir que a Constituição seja respeitada.

Enquanto isso, a oposição segue reforçando sua narrativa. Sites e campanhas públicas têm pressionado Pacheco a aceitar o pedido de impeachment, destacando que a demora na tramitação pode ser vista como uma conivência com o que consideram um regime de exceção liderado por Moraes.

O debate promete esquentar nas próximas semanas, colocando em jogo não apenas o futuro de Alexandre de Moraes, mas também o papel do STF na política brasileira. A oposição não descarta intensificar manifestações e buscar novas estratégias para que o Senado atenda às demandas populares e preserve a democracia.

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