Por que o cérebro das mulheres envelhece mais devagar?

Pesquisa aponta que o cromossomo X pode ter papel fundamental na proteção cerebral feminina.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

Estudos científicos indicam que o cérebro das mulheres envelhece mais lentamente do que o dos homens, e um dos fatores apontados para essa diferença pode estar no cromossomo X. Uma pesquisa recente publicada na revista Nature identificou 64 genes que influenciam o envelhecimento cerebral, alguns dos quais estão associados à longevidade feminina​.

A influência do cromossomo X

As mulheres possuem dois cromossomos X, enquanto os homens possuem apenas um. Como esse cromossomo contém diversos genes essenciais para a saúde celular, acredita-se que ter uma cópia extra proporciona um mecanismo de compensação que protege contra mutações prejudiciais e doenças neurodegenerativas.

Além disso, pesquisas sugerem que os hormônios sexuais, especialmente o estrogênio, desempenham um papel neuroprotetor. Esse hormônio ajuda a manter a função mitocondrial e reduz a inflamação no cérebro, retardando os efeitos do envelhecimento​.

Descobertas sobre genes e envelhecimento cerebral

Os pesquisadores analisaram mais de 38 mil exames de neuroimagem e descobriram que algumas regiões do cérebro feminino apresentam um metabolismo mais eficiente ao longo da vida. Eles também identificaram genes específicos que influenciam o ritmo de envelhecimento cerebral, muitos dos quais estão localizados no cromossomo X.

Entre os 64 genes identificados, alguns estão envolvidos na coagulação sanguínea e na morte celular, processos que afetam diretamente a saúde do cérebro e podem explicar por que as mulheres são menos propensas a doenças neurodegenerativas como Alzheimer​.

O impacto dessas descobertas

A pesquisa não apenas reforça a importância dos fatores genéticos no envelhecimento cerebral, mas também pode abrir portas para novos tratamentos que ajudem a retardar esse processo em ambos os sexos. Os cientistas agora investigam compostos que possam agir sobre esses genes para prolongar a saúde do cérebro e prevenir doenças relacionadas ao envelhecimento.

Essas descobertas ainda estão em estágio inicial, mas reforçam a necessidade de mais estudos sobre as diferenças biológicas entre os sexos e seu impacto na saúde neurológica.

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