
Exercício Polaris avalia preparo internacional para emergências sanitárias e reforça a importância da cooperação entre nações diante de futuras ameaças à saúde pública.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
A Organização Mundial da Saúde (OMS) coordenou um exercício internacional que reuniu representantes de mais de 15 países e 20 agências regionais de saúde para simular a resposta a uma possível pandemia causada por um vírus fictício. A atividade, batizada de Exercício Polaris, contou com a participação de mais de 350 especialistas em emergências sanitárias e buscou fortalecer a capacidade global de resposta rápida a crises de saúde pública.
O objetivo central do exercício foi testar o funcionamento do Corpo Global de Emergência em Saúde da OMS, promovendo a atuação conjunta entre equipes técnicas, especialistas e estruturas nacionais de emergência em um ambiente de simulação realista.
Moçambique representa os países lusófonos
Entre os países envolvidos, Moçambique foi o único de língua portuguesa a integrar o grupo. Estiveram presentes também nações como Canadá, Catar, Costa Rica, Dinamarca, Iraque, Paquistão, Somália e Ucrânia. Algumas outras participaram como observadoras.
Durante o exercício, os países foram convidados a utilizar suas estruturas de resposta a emergências para lidar com um cenário fictício de propagação global de um novo vírus. Eles precisaram compartilhar dados, coordenar políticas públicas e tomar decisões de forma integrada, em colaboração direta com a OMS.
Importância da cooperação internacional
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que nenhuma nação está em posição de enfrentar sozinha uma nova pandemia, ressaltando que a cooperação global é não apenas possível, mas indispensável. Segundo ele, o Exercício Polaris demonstrou como a liderança nacional aliada à conexão entre parceiros internacionais pode fortalecer a resposta global diante de uma nova crise sanitária.
Simulação realista para testar confiança e agilidade
Cada país liderou sua própria estratégia de resposta, com apoio técnico e coordenação da OMS. A proposta foi simular com o máximo de realismo os desafios enfrentados em uma situação de pandemia, em que a confiança mútua e a responsabilização entre as nações são tão cruciais quanto a rapidez na tomada de decisões.
O diretor executivo do Programa de Emergência em Saúde da OMS, Mike Ryan, afirmou que o exercício envia uma mensagem clara de que os países estão mais preparados agora do que estavam antes da pandemia de Covid-19. Ele reforçou que a iniciativa reforça a consciência de que a saúde pública é uma responsabilidade coletiva e deve ser tratada como uma prioridade global.
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