
O Ministério do Interior deu ordem para que um contingente adicional de 2 mil a 3 mil agentes federais seja enviado às fronteiras da Alemanha, somando-se aos 11 mil agentes que já estão em atividade.
Por Chico Gomes | GNEWSUSA
Medidas para reforçar o controle nas fronteiras da Alemanha, como a rejeição da entrada de imigrantes sem documentos, foram anunciadas pelo governo do país nessa quarta-feira (7). As ações atingem, inclusive, os requerentes de asilo.
A iniciativa faz parte dos planos do novo chanceler federal, o conservador Friedrich Merz, de impor limites à imigração ilegal, além de tentar estancar o avanço da oposição ao se apropriar da bandeira anti-imigração, uma das principais do partido Alternativa para a Alemanha (AfD). Ainda em alta nas pesquisas, o grupo partidário ficou em segundo lugar nas eleições gerais de fevereiro.
O novo chanceler, que mantém relação diplomática com vários países europeus, como a França e a Polônia, disse que as medidas serão adotadas em caráter temporário. “Serão necessárias enquanto tivermos níveis tão altos de migração irregular na União Europeia”, declarou.
Reforço nas fronteiras
O governo alemão reforçou a polícia de fronteira e ordenou que os agentes impeçam a entrada de imigrantes sem documentos. Exceções estão previstas apenas para grupos vulneráveis, como crianças e mulheres gestantes.
No intuito de implementar a medida, o Ministério do Interior reverteu uma diretiva de 2015, ano em que a Europa registrou o auge da crise migratória e a Alemanha acolheu mais de um milhão de refugiados, sobretudo aqueles que fugiam de conflitos e pobreza em países como Afeganistão, Síria e Iraque.
Segundo o jornal alemão Bild, o ministério deu ordem para que um contingente adicional de 2 mil a 3 mil agentes federais seja enviado às fronteiras da Alemanha, somando-se aos 11 mil agentes que já estão em atividade no controle da entrada de migrantes.
Sem problemas com países vizinhos
O chanceler afirma que as fiscalizações seriam realizadas “de uma forma que não causaria problemas para nossos vizinhos”, referindo-se aos pais que fazem fronteira com a Alemanha. Além disso, assegurou que a nação alemã está lidando com a questão em cooperação com outros países da União Europeia (UE).
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