Juíza federal de Massachusetts barra nova ordem de suspensão de vistos para estudantes estrangeiros ingressarem em Harvard

Na ordem bloqueada pela Justiça, o governo Trump determinava a proibição da entrada de alunos estrangeiros em Harvard pelo período de seis meses.

Por Chico Gomes | GNEWSUSA

Uma nova ordem assinada pelo presidente Donald Trump na quarta-feira (4), que suspendia a emissão de vistos para estudantes estrangeiros ingressarem em Harvard, nos EUA, foi barrada pela juíza federal Allison Burroughs, do Tribunal Distrital de Massachusetts nesta quinta-feira (5).

No texto decisão temporária requerida pela universidade, a juíza afirma que caso não houvesse uma intervenção rápida, a instituição “sofreria dano imediato e irreparável antes que houvesse a oportunidade de ouvir todas as partes”. O veto ficará em vigor até a análise da medida.

Na ordem assinada quarta-feira, Trump determinava a proibição da entrada de alunos estrangeiros em Harvard pelo período de seis meses, sob a justificativa de riscos à segurança nacional, envolvimento da universidade com países considerados adversários, como a China, e falta de combate da instituição ao antissemitismo.

O governo destaca no texto que “nos últimos dez anos, Harvard recebeu mais de US$ 150 milhões somente da China”, além de acusar a universidade de ter recebido e treinado repetidamente membros de uma organização paramilitar do Partido Comunista Chinês. Com base em preocupações com a segurança nacional, Trump também pediu que o Departamento de Estado revogasse os vistos de alunos estrangeiros já matriculados.

A decisão judicial que impediu a medida do governo alega que a determinação violava a Primeira Emenda, ao bloquear vistos que a maioria dos estudantes usa para frequentar aulas em universidades americanas ou participar de programas de intercâmbio acadêmico.

O processo destaca que o programa de vistos permite a entrada de estudantes internacionais nos Estados Unidos com vistos de não-imigrante para se matricularem em Harvard e outras instituições de ensino, o que “impulsionou o sucesso acadêmico, científico e econômico dos Estados Unidos, bem como sua posição global”.

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