
Governador de São Paulo expressa preocupação com o uso da Polícia Federal contra opositores e destaca continuidade da aliança política com o ex-presidente.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), manifestou nesta quinta-feira (21) sua preocupação diante da investigação aberta pela Polícia Federal contra figuras que exerceram críticas políticas, questionando os limites do instrumento legal. Durante agenda em Marília, interior paulista, Tarcísio afirmou não enxergar justificativa para que cidadãos passem a ser alvos de inquéritos “simplesmente por fazerem críticas”, e ponderou sobre até onde esse tipo de expediente pode levar o país.
A fala ocorre um dia após a PF indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e cumprir mandados contra o pastor Silas Malafaia. Segundo Tarcísio, trata-se de questão que violaria a liberdade crítica. Ele também defendeu que mensagens privadas entre pai e filho não deveriam ser tornadas públicas, por não apresentarem interesse coletivo.
Sem comentar a divergência expressa por Eduardo Bolsonaro em conversas obtidas pela PF, Tarcísio classificou o diálogo como “privado” e ressaltou que manterá com Bolsonaro sua “relação de lealdade, amizade e gratidão”. Tal postura, segundo ele, não se alterará, uma vez que acredita que o ex-presidente “fez muito pelo Brasil” e por sua trajetória política.
O indiciamento de Jair e Eduardo Bolsonaro foi determinado no âmbito de investigação que apura tentativa de interferência no sistema judiciário. A decisão da PF tornou-se pauta central na imprensa nacional. Tarcísio, cotado como possível nome da direita para 2026, segue realinhando sua base política sem riscos aparentes de desgaste institucional.
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