Rio Grande do Sul: aproximadamente 47 pessoas são presas por crimes durante calamidade

Equipes da Força Nacional em abrigo no Rio Grande do Sul — Foto: Força Nacional/ Ministério da Justiça/Divulgação
Saques e abusos sexuais em meio às chuvas levam à detenção de dezenas no estado.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

No Rio Grande do Sul, ao menos 47 pessoas foram presas sob suspeita de cometerem crimes durante a calamidade pública provocada pelas fortes chuvas que assolam o estado desde o dia 26/4. A Secretaria Estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos informou que 41 indivíduos foram detidos em flagrante por suposto envolvimento em saques, enquanto seis homens são suspeitos de abusos sexuais.

Segundo o governador Eduardo Leite, os casos de violência sexual ocorreram em abrigos que estão acolhendo pessoas cujas residências foram afetadas pelas chuvas, como enchentes, inundações, alagamentos, deslizamentos e desabamentos, e que não tinham para onde ir. Atualmente, há 67.563 desabrigados em mais de 400 abrigos no estado.

“Nos casos de abuso relatados, nossas equipes de segurança agiram imediatamente e os suspeitos foram presos”, afirmou Leite, acrescentando que, nos seis casos, as vítimas eram crianças parentes dos detidos.

“Infelizmente, envolvem familiares das crianças. Isso indica a possibilidade de esses abusos já terem ocorrido anteriormente e a situação nos abrigos, na verdade, ter escancarado e revelado isso, dando inclusive a oportunidade do Poder Público agir”, disse o governador.

Diante do grande número de desabrigados, o governo estadual está estudando a abertura de abrigos exclusivos para mulheres, crianças e jovens, afirmou Leite.

“É uma de nossas ações prioritárias dar a oportunidade de um abrigo em situação especial para quem se sinta em uma situação vulnerável e precise de um acolhimento especial”, explicou.

Quanto aos saques, o secretário estadual de Segurança Pública, Sandro Caron, ressaltou a preocupação das forças de segurança em coibi-los. Ele afirmou que agentes da Brigada Militar e da Polícia Civil têm utilizado embarcações para realizar o policiamento ostensivo em áreas com ruas alagadas e edificações parcialmente submersas.

“Com isso, os saques já reduziram significativamente nos últimos dias”, assegurou Caron, sem fornecer números específicos de ocorrências.

O secretário ainda informou que até sábado (11/5), a pasta habilitará 1 mil reservistas da Brigada Militar, convocados por meio do Programa Mais Efetivo, para reforçar o policiamento, inclusive nos abrigos públicos.

“Temos agora um foco muito direcionado para os abrigos. Em alguns deles, já temos integrantes da Brigada Militar e da Polícia Civil permanentemente. Aqueles poucos que se atreverem a cometer crimes, especialmente dentro dos abrigos, serão presos”, garantiu Caron.

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