Ksenia Karelina, que vive nos Estados Unidos, foi acusada de traição por doar US$ 51,80 para uma instituição de caridade ligada à ajuda humanitária na Ucrânia.
Por Camila Fernandes | GnewsUSA
Ksenia Karelina, uma bailarina russa que vive nos Estados Unidos desde 2012, foi condenada a 12 anos de prisão na Rússia após ser acusada de traição por doar US$ 51,80 (o equivalente a R$ 283) para uma instituição de caridade que presta ajuda humanitária a vítimas do conflito na Ucrânia. O tribunal em Ecaterimburgo, nos Urais, que anteriormente condenou o jornalista do Wall Street Journal Evan Gershkovich por espionagem, considerou a doação de Karelina um ato criminoso.
Karelina, que recebeu cidadania norte-americana em 2021 e atualmente mora em Los Angeles, onde trabalha em um spa, declarou-se culpada durante o julgamento. Segundo a corte, a doação foi feita para a organização Razom for Ukraine, que oferece assistência a crianças e idosos na Ucrânia. No entanto, a Justiça russa alegou que os fundos foram desviados para a compra de itens de medicina tática, equipamentos e munição usados pelas Forças Armadas da Ucrânia.
Mikhail Mushailov, advogado de Karelina, afirmou que sua cliente transferiu o dinheiro com a intenção de ajudar as vítimas de ambos os lados do conflito. Ele confirmou que Karelina irá recorrer da sentença. “Ela acreditava que estava fazendo uma contribuição para aliviar o sofrimento das pessoas afetadas pela guerra”, declarou o advogado.
Chris van Heerden, namorado de Ksenia e boxeador profissional, expressou indignação com a condenação. “Houve uma troca de prisioneiros há duas semanas, e Ksenia não estava nessa lista. Ksenia deveria estar em casa, e estou com raiva e tentando manter a compostura”, desabafou.
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