
Operação nacional resultou em três prisões e na apreensão de R$ 2,5 milhões; quadrilha tentou desviar mais de R$ 50 milhões utilizando senhas de servidores públicos.
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Nesta sexta-feira 23 de agosto, a Polícia Federal (PF) prendeu em Vitória da Conquista, na Bahia, um terceiro suspeito de envolvimento na invasão ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), o sistema responsável pelos pagamentos do Governo Federal. A prisão faz parte de uma operação nacional que já havia levado à detenção de outros dois acusados na última quarta-feira 21 de agosto, nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Além das três prisões, a PF cumpriu 19 mandados de busca e apreensão em diferentes localidades do país, incluindo Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e o Distrito Federal. A operação teve como objetivo desarticular uma quadrilha que, ao acessar indevidamente o Siafi, realizou furtos e planejava desvios que poderiam ter gerado um prejuízo ainda maior aos cofres públicos.
A invasão ao sistema ocorreu em abril deste ano, quando criminosos conseguiram acessar o Siafi usando credenciais de usuários reais, após comprometerem um sistema de autenticação. Com isso, foi possível utilizar de forma indevida pelo menos 16 senhas de servidores públicos, permitindo a realização de operações irregulares de pagamento.
O governo inicialmente estimou que o prejuízo causado pela invasão foi de R$ 3,5 milhões, mas investigações posteriores revelaram que o valor total dos furtos já identificados chega a aproximadamente R$ 15 milhões. Além disso, a PF detectou tentativas de desvio que somam mais de R$ 50 milhões. A operação conseguiu recuperar R$ 2,5 milhões dos valores desviados.
Entre as descobertas feitas durante as investigações, a PF identificou mais de 200 credores que foram alvos de tentativas de pagamento indevido. A quadrilha utilizava o acesso ao Siafi para direcionar os valores para contas controladas pelos criminosos, buscando lucrar de forma ilícita.
Com as prisões e a recuperação parcial dos valores, a PF reforça seu compromisso em proteger os sistemas governamentais e evitar que novas invasões ocorram. A investigação segue em curso, e novas prisões ou medidas podem ser tomadas para garantir que todos os envolvidos no esquema sejam responsabilizados.
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