Incêndio avança e consome 700 hectares do Parque Nacional de Brasília

Suspeita é de que o fogo tenha sido ocasionado de forma intencional; cerca de 1,5 mil pessoas do governo local estão empenhadas no enfrentamento às queimadas
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA

O Parque Nacional de Brasília enfrenta uma grave crise, com um incêndio ativo que já devastou aproximadamente 700 hectares de sua vegetação nativa. Neste ocorrido, a capital brasileira, Brasília, está imersa em uma espessa fumaça devido à propagação das chamas, que continuam a se espalhar neste início de semana, especificamente neste dia 16 de outubro. As informações foram fornecidas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que monitora a situação.

Diante da gravidade do incêndio, foi montada uma força-tarefa sob a liderança da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), que investiga possíveis ações criminosas associadas ao incêndio, que impacta gravemente a área de proteção ambiental.

As investigações já estão em processo e indicam que atos intencionais podem estar envolvidos, com a identificação de suspeitos em andamento.

Esta estratégia de combate aos incêndios e investigações foi o resultado de uma reunião emergencial ocorrida no Palácio do Buriti, durante a qual o governador do DF, Ibaneis Rocha, e a vice-governadora, Celina Leão, se reuniram com representantes de vários órgãos que estão envolvidos nas operações de combate ao incêndio, como o Corpo de Bombeiros, o Brasília Ambiental, a SSP, e a Secretaria do Meio Ambiente (Sema).

Durante esse encontro, uma das decisões mais relevantes foi a imediata realocação de bombeiros do DF que estavam atuando em outras regiões do Brasil, para que retornem e reforcem as equipes na luta contra os incêndios florestais. Com isso, o efetivo total destinado ao combate das chamas no Distrito Federal será elevado para aproximadamente 1,5 mil profissionais, englobando pessoal do Brasília Ambiental, da Sema e outras pastas governamentais.

A vice-governadora Celina Leão enfatizou a gravidade da situação ao declarar que as queimadas são provocadas pela ação humana, identificando que o DF é vítima de indivíduos que deliberadamente iniciam incêndios em áreas de conservação. De acordo com o comandante, a responsabilização será rigorosa: “Por determinação do nosso governador Ibaneis Rocha, quem estiver envolvido irá responder pelo crime ambiental“.

A possibilidade de queimada natural foi descartada, uma vez que as condições climáticas não favorecem esse tipo de ocorrência, especialmente pela ausência de nuvens e a falta de atividade elétrica. O coordenador de Manejo Integrado do Fogo do ICMBio, João Paulo Morita, reforçou essa tese, afirmando que a probabilidade de um ato criminoso é considerável.

Os órgãos responsáveis pelo combate aos incêndios têm reforçado a importância da colaboração da população do DF. Para isso, foram disponibilizados canais de denúncia: para flagrantes, o número é 190; para denúncias anônimas, 197; e para emergências com os Bombeiros, o contato é 193.

Além disso, durante a reunião, o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, destacou que a prioridade do governo é extinguir o incêndio rapidamente e, ao mesmo tempo, identificar os responsáveis pelas queimadas. Ele afirmou que “o objetivo é intensificar o combate para não deixar o incêndio prosperar”, e fez menção ao contato com a Polícia Federal para progressos nas investigações.

No que tange ao combate direto às chamas, uma operação conjunta está em andamento, envolvendo o Corpo de Bombeiros do DF, o Brasília Ambiental, o ICMBio e o Prevfogo do Ibama, com um total de 93 combatentes atuando. As equipes estão utilizando tanto recursos terrestres quanto aéreos para tentar conter a expansão do fogo, que começou a se alastrar rapidamente desde o início do domingo, 15 de outubro, nas proximidades do Córrego do Bananal, com sua propagação sendo acentuada por condições climáticas quentes e secas que predominam na região.

As autoridades permanecem mobilizadas na luta para salvar o Parque Nacional de Brasília e preservar sua rica biodiversidade.

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