Operação Las Vegas cumpre mandados de busca em Goiás e Mato Grosso e apreende mais de R$453 mil. Suspeitos manipulavam sorteios e usavam artistas para promover o esquema.
Por Ana Raquel |Gnewsusa
A Polícia Civil de Goiás deflagrou, nesta quarta-feira 18 de setembro, a terceira fase da Operação Las Vegas, voltada para combater um grupo de sete empresas suspeitas de fraudar sorteios e enganar milhares de pessoas com promessas de prêmios falsos. A operação ocorreu em diversos municípios de Goiás e do Mato Grosso, com o cumprimento de dez mandados de busca e apreensão. Foram confiscados mais de R$453 mil, quantia que seria fruto das fraudes aplicadas pelo grupo criminoso.
De acordo com o delegado Luiz Carlos Cruz, que está à frente das investigações, o grupo atraía as vítimas por meio de sorteios de títulos de capitalização. Eles contratavam grandes artistas para divulgar os sorteios pela internet, prometendo prêmios que variavam de R$500 a R$200 mil. No entanto, segundo a polícia, os ganhadores eram escolhidos previamente e o sorteio não passava de uma encenação.
“O grupo manipulava os sorteios de maneira que os vencedores já fossem conhecidos de antemão. Era tudo um teatro para iludir as vítimas e aumentar a audiência nas redes sociais”, explicou o delegado.
A Operação Las Vegas teve início meses atrás, com o objetivo de desarticular o esquema fraudulento que vinha sendo investigado há algum tempo. Nas fases anteriores, a polícia já havia realizado apreensões e efetuado prisões de envolvidos. Nesta terceira fase, o foco foi o cumprimento dos mandados de busca e a apreensão de bens, especialmente dinheiro que estava nas contas bancárias dos suspeitos.
Segundo as investigações, os envolvidos utilizavam as redes sociais para dar legitimidade aos sorteios, contando com a participação de celebridades e influenciadores digitais que, muitas vezes, não tinham conhecimento do golpe. A polícia agora trabalha para identificar todas as vítimas e recuperar os valores desviados pelo grupo.
Os responsáveis pelas empresas estão sendo investigados pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Caso sejam condenados, as penas podem ultrapassar dez anos de reclusão. A polícia também está averiguando se os artistas contratados tinham conhecimento da fraude ou se foram igualmente enganados pelo esquema.
A Operação Las Vegas continua em andamento e novas fases podem ser desencadeadas, à medida que surgem mais informações sobre a extensão do golpe.
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