Anteriormente, o uso do antiviral Tamiflu era restrito a pessoas com sinais suspeitos de infecção pelo H5N1.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
As autoridades de saúde dos Estados Unidos estão ampliando a testagem em trabalhadores de fazendas leiteiras em resposta ao surto de gripe aviária H5N1. Novas evidências sugerem que a estratégia anterior, que se baseava apenas na observação de sintomas, deixou muitos casos não diagnosticados e aumentou o risco de disseminação do vírus.
Em vista disso, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) revisou suas orientações, recomendando que todos os trabalhadores que tiveram contato com animais infectados recebam antivirais, independentemente da presença de sintomas.
Uma pesquisa recente do CDC revelou que cerca de metade dos trabalhadores com sinais de infecção não se recordavam de ter apresentado sintomas, levantando preocupações sobre a efetividade da estratégia anterior e permitindo que o vírus circulasse não detectado.

As novas diretrizes têm como objetivo prevenir que o H5N1 adquira a habilidade de transmissão entre humanos. Mesmo com a afirmação do CDC de que não há evidências de transmissão entre pessoas, a vigilância permanece vital para manter os riscos sob controle.
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) informou que, dentre os 446 rebanhos leiteiros com infecções confirmadas neste ano, 151 foram identificados apenas no último mês.
O número de casos humanos confirmados aumentou para 46. Embora o CDC acredite que o H5N1 ainda represente um risco baixo para a população em geral, a maioria das infecções humanas tem sido leve e ocorreu em trabalhadores que tiveram contato direto com gado ou aves infectadas. No entanto, a recente confirmação de um porco em Oregon com H5N1 levanta novas preocupações sobre a infecção em suínos.
O USDA também revelou que um segundo porco na mesma propriedade testou positivo para o vírus, indicando que a infecção pode ter se originado a partir de aves migratórias.
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