Crise climática e saúde: OMS alerta para ameaça global sem precedentes

OMS destaca o impacto devastador das mudanças climáticas na saúde e a necessidade de ações imediatas.

Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

O relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que as mudanças climáticas estão acelerando a propagação de doenças, aumentando os riscos de desastres naturais e prejudicando a saúde mental de populações ao redor do mundo. O estudo chama a atenção para a necessidade de políticas climáticas urgentes e eficazes para proteger a saúde global, com ênfase em ações como a transição para energias renováveis, melhoria da qualidade do ar e políticas alimentares sustentáveis.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que as mudanças climáticas representam a maior ameaça à saúde humana no século XXI. De acordo com um relatório recente da entidade, eventos extremos como ondas de calor, enchentes e incêndios florestais estão causando milhares de mortes e impactando diretamente a segurança alimentar, a propagação de doenças e a saúde mental da população mundial.

As mudanças climáticas favorecem o aumento de doenças transmitidas por vetores, como dengue e malária, além de comprometerem a qualidade da água e dos alimentos. Além disso, a poluição do ar, impulsionada pelo uso de combustíveis fósseis, já é responsável por cerca de 13 mortes por minuto globalmente. Segundo a OMS, reduzir essa poluição poderia evitar até 5,1 milhões de mortes anuais até 2050.

O relatório da OMS propõe dez ações prioritárias para conter os impactos das mudanças climáticas na saúde, incluindo a transição para energias renováveis, investimentos em sistemas de saúde resilientes e políticas alimentares sustentáveis. Profissionais de saúde de todo o mundo também assinaram uma carta aberta apelando por medidas urgentes, pedindo que líderes globais priorizem a limitação do aquecimento global a 1,5°C.

Diante desse cenário alarmante, especialistas reforçam que a luta contra as mudanças climáticas não é apenas uma questão ambiental, mas uma emergência de saúde pública. O relatório destaca que as ações climáticas não só mitigam os efeitos do aquecimento global, mas também geram benefícios diretos para a saúde, reduzindo doenças e aumentando a qualidade de vida global.