Baixa adesão à vacina contra dengue preocupa autoridades de saúde no Brasil

Apesar do aumento nos casos de dengue, apenas uma pequena parte da população tem buscado a imunização, gerando desafios nas campanhas de saúde pública.

Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

Em 2024, o Brasil enfrenta um aumento alarmante no número de casos de dengue, com mais de 1,8 milhão de registros prováveis e 11 estados em situação de emergência devido à alta incidência da doença. Entretanto, apesar da gravidade da situação, a adesão à vacina contra a dengue permanece baixa, gerando preocupação entre as autoridades de saúde.

A vacina, que foi introduzida para combater a disseminação da doença, está sendo aplicada principalmente em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo mais afetado pelas hospitalizações relacionadas à dengue. No entanto, até o início de fevereiro de 2024, apenas 30,8% das doses distribuídas foram efetivamente aplicadas, e menos de 30% da população retornou para completar o esquema vacinal.

Os motivos para essa baixa adesão incluem falta de percepção de risco, especialmente entre os mais jovens, que não têm a doença com frequência, além de dificuldades logísticas no processo de vacinação, como a distribuição fragmentada das doses. Também é importante destacar que, apesar da estratégia nacional focada em crianças, a logística de levar esse público aos postos de saúde tem sido um grande desafio.

O Ministério da Saúde está buscando alternativas para aumentar a adesão, incluindo a colaboração com escolas para incentivar a vacinação dos jovens. Além disso, o governo está focando a distribuição das vacinas nas regiões com maior risco de transmissão.

Apesar de esses esforços, a baixa adesão à vacinação é um sinal claro de que, além de vacinas, é fundamental intensificar as ações de prevenção, como o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, para controlar a propagação da doença.