
O presidente Jair Bolsonaro classificou de “inadmissível” a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de suspender o aplicativo Telegram no Brasil.
“É inadmissível uma decisão dessa natureza. Porque não conseguiu atingir duas ou três pessoas que na cabeça dele deveriam ser banidos do Telegram, ele atinge 70 milhões de pessoas”, declarou durante evento. Ele afirmou que a medida pode “causar óbitos por falta de um contato paciente-médico”.
A ordem do ministro, emitida na quinta-feira (17), atende a um pedido da Polícia Federal e foi encaminhada a plataformas digitais e provedores de internet, que devem adotar em cinco dias os mecanismos para inviabilizar a utilização do aplicativo Telegram.
A PF diz que tentou o contato com a plataforma Telegram pelos canais disponíveis, a fim de encaminhar as ordens judiciais de bloqueio de perfis, indicação de usuários, fornecimento de dados cadastrais e suspensão de monetização de contas vinculadas a Allan dos Santos. Não obteve resposta em nenhuma das ocasiões.
Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que o aplicativo, “em todas essas oportunidades, deixou de atender ao comando judicial, em total desprezo à Justiça Brasileira”. Segundo ele, o desrespeito às leis brasileiras por parte do aplicativo fere a Constituição.
O fundador do Telegram, Pavel Durov, disse nesta sexta-feira (18) que um problema com e-mails impediu a plataforma de receber determinações judiciais.
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