Júri condena Brian Walsh por assassinato da esposa em caso que chocou os EUA

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Crime ganhou repercussão internacional após promotores revelarem pesquisas online sobre como se livrar de um corpo; vítima nunca foi encontrada e réu pode pegar prisão perpétua
Por Tatiane Martinelli |GNEWSUSA

Os jurados consideraram, na segunda-feira, Brian Walsh culpado pelo assassinato da esposa, num caso que ganhou grande repercussão internacional após os promotores revelarem que ele realizou pesquisas na internet sobre “a melhor forma de desmembrar e se livrar de um corpo” cerca de três anos depois do desaparecimento de Anna Walsh, ocorrido no dia de Ano Novo.

O júri de Dedham, em Massachusetts, rejeitou a versão apresentada por Walsh, segundo a qual a mulher, executiva do setor imobiliário, teria morrido subitamente em casa, antes de ele iniciar as buscas online. O desaparecimento e a morte de Anna atraíram atenção mundial à medida que novos detalhes vieram à tona durante a investigação.

O corpo da vítima nunca foi localizado. No dia em que começou a seleção do júri, Brian Walsh, de 50 anos, admitiu ter enganado a polícia e de se desfazer ilegalmente de um corpo, embora sua defesa sustentasse que ele não foi responsável pela morte da esposa.

Walsh pode ser condenado à prisão perpétua sem direito a liberdade condicional. A sentença estava prevista para esta quarta-feira.

Anna Walsh, imigrante sérvia de 39 anos, trabalhava no escritório da imobiliária Tishman Speyer, em Washington, D.C., e se deslocava regularmente de Cohasset, Massachusetts, onde vivia com o marido e os três filhos.

Na época do crime, Brian Walsh aguardava sentença por envolvimento em um esquema de venda de obras falsas atribuídas a Andy Warhol. Ele foi formalmente acusado de assassinar a esposa em janeiro de 2023, poucos dias após o empregador de Anna comunicar seu desaparecimento às autoridades.

Inicialmente, Walsh afirmou à polícia que havia viajado para Washington em um carro de aplicativo no dia de Ano Novo, alegando uma emergência profissional. Durante a abertura do julgamento, em 1º de dezembro, o promotor assistente Gregory Connor afirmou que, no mesmo dia do assassinato e do desaparecimento da vítima, Walsh pesquisou na internet frases como “a melhor maneira de descartar partes do corpo após um assassinato” e “partes do corpo podem ser jogadas fora?”.

Imagens de câmeras de segurança mostraram Walsh comprando produtos de limpeza, um macacão Tyvek, uma serra e uma tesoura de corte em uma farmácia e em uma loja de ferragens. Posteriormente, investigadores encontraram sacos de lixo com itens manchados de sangue, entre eles um tapete de sala, uma serra e o cartão de vacinação contra a Covid-19 de Anna Walsh.

Segundo os promotores, o processo federal por fraude artística exercia forte pressão sobre a família antes da morte de Anna. Eles afirmam ainda que a vítima havia iniciado um relacionamento extraconjugal e que buscas na internet indicavam que Walsh cogitava o divórcio.

A defesa, representada pelo advogado Larry Tipton, sustentou que não existiam provas de violência e que Anna Walsh teria morrido de forma “súbita e inexplicável” em casa. Ainda assim, Brian Walsh acabou condenado a mais de três anos de prisão, em fevereiro de 2024, pelo caso de fraude artística.

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