Imigração ilegal na Europa permanece estável e abaixo de 1% da população

Número de imigrantes ilegais na Europa é inferior a 1%

Número de imigrantes ilegais é significativamente menor do que o imaginado, contrariando percepções populares sobre aumento descontrolado.

Por Ana Mendes | GNEWSUSA

Um novo estudo conduzido por pesquisadores europeus revela que o número de imigrantes ilegais na Europa oscila entre 2,6 e 3,2 milhões, representando 0,6% a 0,8% da população total dos 12 países analisados. A pesquisa aponta que, ao contrário da expectativa de aumento constante, a imigração irregular tem se mantido estável ao longo dos anos.

Estabilidade e dinâmica econômica

João Carvalho, especialista em migrações e membro do projeto europeu MirreM, destaca que a ideia de um crescimento contínuo da imigração irregular, especialmente devido aos desembarques no Mediterrâneo, não corresponde à realidade. Estudos semelhantes feitos em 2008 já indicavam números próximos aos atuais, variando entre 1,8 e 3,8 milhões de ilegais nos mesmos países.

A dinâmica econômica dos países é apontada como fator determinante na regulação dos fluxos migratórios. “Se há oportunidades, as pessoas vão. Se há crise, elas saem”, explicou Carvalho, citando a estabilidade observada na Itália e o aumento na Espanha, enquanto a Grécia registrou queda no número de imigrantes ilegais.

Comparações com os EUA e Portugal

Nos Estados Unidos, o cenário é diferente, com 11 milhões de imigrantes ilegais representando 3,5% da população total. No caso de Portugal, embora não tenha integrado o estudo, Carvalho sugere que a imigração irregular aumentou desde 2008, seguindo a recuperação econômica.

Milhares de pessoas protestam em Portugal contra imigrantes no país

Além disso, a pesquisa destaca que o debate sobre imigração tem ganhado relevância política em países como Reino Unido e Hungria. No entanto, em Portugal, mesmo com esforços de alguns setores para politizar a questão, o tema ainda não ocupa lugar de destaque nas preocupações da população.

Até agora, as campanhas anti-imigração não tiveram grande sucesso em Portugal, mas isso pode mudar no futuro”, pondera Carvalho.

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