
Tragédia expõe riscos crescentes das travessias marítimas e destaca crise migratória na Europa.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
Um naufrágio registrado nas proximidades da ilha de Gavdos, no sul da Grécia, deixou pelo menos cinco mortos e acendeu novamente o alerta sobre os perigos enfrentados por imigrantes que tentam chegar à Europa pelo Mar Mediterrâneo. Segundo as autoridades, as operações de resgate seguem em andamento e ainda há relatos de desaparecidos.
Até agora, 39 homens, em sua maioria paquistaneses, foram resgatados por embarcações comerciais que estavam na região e transferidos para a ilha de Creta. A guarda costeira grega, com apoio de navios mercantes, aeronaves navais e uma fragata italiana, lidera a busca por sobreviventes.
Travessias perigosas e aumento dos naufrágios
Nos últimos anos, a Grécia consolidou-se como um dos principais pontos de entrada para imigrantes vindos do Oriente Médio, África e Ásia. Entre 2015 e 2016, cerca de um milhão de pessoas desembarcaram nas ilhas gregas, frequentemente em botes infláveis precários, que tornam as travessias ainda mais arriscadas.
Regiões como Creta e Gavdos, situadas no Mediterrâneo central, têm sido cada vez mais usadas como rotas alternativas, embora sejam igualmente perigosas. A intensificação dessas travessias expõe a vulnerabilidade dos imigrantes e evidencia a falta de soluções efetivas para a crise humanitária.
Respostas e desafios das operações de resgate
A Grécia, com o apoio de outros países europeus, realiza operações complexas para resgatar imigrantes em situação de risco. Apenas este mês, outras embarcações resgataram dezenas de pessoas na mesma região. Um navio de carga maltês salvou 47 imigrantes a 74 quilômetros de Gavdos, enquanto um petroleiro encontrou mais 88 sobreviventes em outro incidente.
Grande parte das embarcações resgatadas inicia sua jornada a partir da Líbia, um país marcado pela instabilidade política, que tem se tornado ponto de partida recorrente para grupos que operam essas travessias.
Soluções para evitar novas tragédias
A prevenção de tragédias semelhantes exige medidas coordenadas entre os países europeus e organizações internacionais. Maior assistência humanitária podem reduzir a dependência de viagens perigosas. Além disso, o fortalecimento das políticas de resgate marítimo é essencial para evitar que vidas sejam perdidas no Mediterrâneo.
A crise migratória no sul da Europa continua a desafiar governos e sociedades, enquanto milhares seguem arriscando tudo em busca de uma nova vida.
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