Boletim da Fiocruz aponta crescimento da SRAG por coronavírus, com impacto maior em crianças e idosos.
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA
Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por Covid-19 estão em crescimento nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, segundo o mais recente boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A tendência vai na contramão do Centro-Sul do país, onde há sinais de estabilização ou queda.
De acordo com a Fiocruz, os estados mais afetados pelo aumento da SRAG por Covid-19 incluem Amapá, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Sergipe e Tocantins. Além disso, algumas capitais, como Manaus (AM), Aracaju (SE) e Recife (PE), também apresentam sinais de crescimento nos casos.
Idosos e crianças são os mais impactados
O boletim destaca que, nas últimas oito semanas, a Covid-19 tem gerado impacto mais significativo em crianças com até dois anos de idade e idosos a partir de 65 anos. Entre os mais jovens, há um aumento no número de internações, enquanto a taxa de mortalidade segue mais elevada entre os idosos.
O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, explicou que a alta nos casos no Norte do Brasil ocorre com certo atraso em relação ao restante do país. “O aumento começou pelo Centro-Sul, afetou o Nordeste no final do ano passado e chegou ao Norte agora na virada do ano”, afirmou.
Números e causas do aumento
O relatório da Fiocruz mostra que, neste ano, já foram registrados 4.240 casos de SRAG no Brasil, sendo que 35% foram causados por vírus respiratórios, com dois terços desses casos relacionados ao coronavírus (SARS-CoV-2).
Especialistas apontam que o crescimento pode estar associado à diminuição da cobertura vacinal, à circulação de novas variantes do vírus e às aglomerações típicas das festas de fim de ano e férias escolares.
Medidas recomendadas
Para conter o avanço da Covid-19, a Fiocruz reforça a importância de medidas preventivas, como:
- Vacinação, especialmente para grupos vulneráveis;
- Uso de máscaras em ambientes fechados ou lotados;
- Higienização frequente das mãos;
- Evitar contato próximo com pessoas sintomáticas.
A Fiocruz segue monitorando a evolução dos casos no Brasil e recomenda que a população esteja atenta às atualizações das autoridades de saúde.
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