Brasil: vídeo de professora em lágrimas expõe o abandono da educação

Foto: ilustração internet
Educadora da rede pública, defensora do atual governo, desabafa ao sair da escola, cansada, desrespeitada e emocionalmente esgotada, ela revela a dura realidade de quem ainda acredita nas promessas não cumpridas da valorização docente.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

Circula nas redes sociais, desde o início desta semana, um vídeo comovente de uma professora da educação infantil da rede pública de Osasco, São Paulo. Gravado na rua, logo após o expediente, o registro mostra a profissional saindo da escola e se dirigindo à Secretaria Municipal de Educação, visivelmente abalada, em busca de ajuda. A cena revela o limite emocional e físico de quem já não encontra apoio dentro do próprio ambiente escolar.

O vídeo viralizou rapidamente, gerando reações em todo o país. Internautas se solidarizaram com a educadora, que aparece chorando, cansada e determinada a relatar o desrespeito e o descaso que, segundo relatos que circulam junto à gravação, estariam ocorrendo dentro da unidade escolar.

Mais do que um desabafo individual, o vídeo reflete a realidade de muitos professores da educação pública, que, mesmo comprometidos com a formação das crianças, enfrentam rotinas insustentáveis, falta de valorização e ambientes de trabalho hostis. E o mais alarmante: essa professora, como tantos outros profissionais, já havia declarado apoio ao governo federal — um governo que prometeu transformar a realidade da educação, mas que ainda não entregou o que anunciou.

A educadora que acreditou no governo e agora sente o peso da frustração

Segundo informações de colegas nas redes sociais, a professora sempre defendeu as propostas do atual governo, especialmente no que dizia respeito à valorização do magistério. Ela, como tantas outras brasileiras, depositou sua confiança em um projeto que prometia respeito, estrutura e reconhecimento para quem está na base da formação nacional.

Mas o vídeo revela o contrário: exausta, ela deixa a escola sozinha para procurar, por conta própria, algum tipo de solução ou acolhimento na Secretaria de Educação do município. É a imagem de uma profissional que chegou ao limite — não apenas por causa da carga de trabalho, mas pela ausência de amparo diante de situações de desrespeito dentro da escola.

Educação não se faz com abandono emocional

Não é a primeira vez que vídeos como esse circulam — e provavelmente não será a última. Mas o que chama atenção é a repetição do mesmo enredo: educadores sobrecarregados, adoecendo silenciosamente, enquanto aguardam o cumprimento de promessas políticas que, na prática, ainda não saíram do papel.

Mesmo abalada, a professora aparece tentando buscar ajuda institucional. Ela não desiste da profissão, nem das crianças que cuida todos os dias. Mas a pergunta que ecoa é: até quando a educação será sustentada pelo esforço solitário de seus profissionais?

É urgente enxergar o sofrimento de quem forma o futuro

A cena da professora de Osasco andando sozinha em direção à Secretaria, em prantos, não deveria ser normalizada. É reflexo de uma estrutura que empurra o problema para os próprios educadores resolverem — quando, na verdade, deveria protegê-los.

Essa é a realidade de milhares de professores que ainda acreditam em mudanças estruturais. Que, mesmo diante do cansaço, da desvalorização e do abandono, continuam ensinando com amor. Mas amor não paga terapia. Nem alivia a dor de ser ignorado por um sistema que insiste em romantizar a resiliência dos educadores.

A valorização da educação precisa sair do discurso e entrar nas decisões práticas. Caso contrário, vídeos como esse continuarão sendo gravados — e a emoção deixará de ser apenas um desabafo para se tornar um grito coletivo de socorro.

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