
Um diretor de uma funerária no Reino Unido foi acusado de 63 crimes após investigação revelar acúmulo de corpos e cinzas humanas em suas instalações.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Um escândalo envolvendo a empresa Legacy Independent Funeral Directors, no Reino Unido, veio à tona após investigações revelarem o acúmulo de corpos e cinzas humanas em condições inadequadas, além de indícios de fraude contra dezenas de famílias. O responsável pela funerária, Robert Bush, de 47 anos, está sendo acusado de 63 crimes, incluindo ocultação de cadáveres, fraude e furto de doações destinadas a instituições de caridade.
As investigações começaram em março de 2023, quando a polícia de Humberside recebeu uma denúncia sobre possíveis irregularidades nos cuidados com os corpos. Na sede da empresa, localizada na cidade de Hull, na Inglaterra, foram encontrados 35 corpos armazenados de forma imprópria, além de uma quantidade não revelada de cinzas humanas.
Segundo as autoridades, Bush é suspeito de obstruir deliberadamente sepultamentos legais e dignos entre abril de 2023 e março de 2024. Também teria prometido, de forma enganosa, que os restos mortais seriam tratados com respeito, cremados logo após os funerais, e que as famílias receberiam as cinzas verdadeiras de seus entes queridos — o que, ao que tudo indica, não ocorreu.
Além disso, ele está sendo investigado por fraude na venda de planos funerários a mais de 170 clientes e por desviar recursos destinados a 12 instituições de caridade, entre elas a RNLI (Cruz Vermelha do Mar), a Dogs Trust e a Macmillan Cancer Support. Os desvios teriam ocorrido ao longo de mais de uma década, entre 2012 e março de 2024.
Robert Bush compareceu recentemente ao Tribunal Magistrado de Hull, onde confirmou apenas seus dados pessoais. Ele foi liberado sob fiança, com a condição de se apresentar diariamente à polícia, e terá que retornar ao tribunal no dia 13 de agosto.
O caso chocou a população britânica, não apenas pela gravidade das acusações, mas também pela profunda violação da confiança depositada por famílias em momentos de dor e vulnerabilidade. As investigações continuam em andamento.
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