John Textor enfrenta risco de suspensão no STJD por acusações de manipulação

Foto: Reprodução.
 Absolvido em acusação de obstrução de justiça, empresário ainda enfrenta processos no STJD com risco de até 6 anos de suspensão e multa milionária.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

John Textor, dono da SAF do Botafogo, teve uma vitória recente nos tribunais, sendo absolvido de acusações de falta de colaboração com a Justiça ao enviar supostas provas de manipulação no futebol brasileiro. No entanto, a trajetória do empresário americano no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) está longe de terminar.

Ele ainda enfrenta um processo complexo, envolvendo a Procuradoria Geral da Justiça Desportiva, Palmeiras, São Paulo, o Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo e a Associação Nacional dos Árbitros de Futebol, todos relacionados a suas acusações de manipulação e favorecimento no futebol nacional.

As polêmicas declarações de Textor começaram em 2022, quando ele insinuou que o Botafogo foi prejudicado em uma partida contra o Palmeiras pelo Brasileirão. Desde então, ele fez acusações sobre possíveis benefícios ao Palmeiras e alegou que jogadores do São Paulo participaram de manipulação em um jogo que resultou em goleada para o time paulista.

Com base nessas declarações, Textor enfrenta denúncias em três artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD):

  • Art. 221: Dar causa a inquérito por erro grosseiro ou motivação pessoal.
  • Art. 243-A: Ação contrária à ética esportiva para influenciar o resultado de uma partida.
  • Art. 243-F: Ofensas diretas à honra de outros envolvidos no esporte.

O relator Mauro Marcelo de Lima e Silva considerou as provas apresentadas pelo empresário como “imprestáveis”, recomendando uma suspensão de seis anos e multa de R$ 6 milhões para Textor.

Segundo Michel Assef Filho, advogado de Textor, não há conexão entre o processo recentemente vencido e as novas acusações. Ele defende que a Justiça Desportiva deveria acolher o desejo de Textor por mais transparência e investigação no futebol, já que ele sempre se mostrou disposto a colaborar para encontrar soluções justas. O advogado argumentou ainda que o empresário buscou apoio da Justiça desde o final do ano passado, mas teve seu pedido de inquérito arquivado.

O próximo julgamento ainda não tem data marcada, pois o processo encontra-se em fase de tradução de mais de 30 perguntas e respostas enviadas à Good Game, empresa contratada por Textor para análise de arbitragem nos jogos do Campeonato Brasileiro. Somente após a conclusão das traduções as audiências serão agendadas. A defesa de Textor segue argumentando que o objetivo do empresário é a transparência no futebol, e que as denúncias contra ele, por si só, são questionáveis.

Leia também:

Terceiro caso de transmissão vertical do vírus Oropouche é confirmado no Brasil

Passageiras são presas pela PF com 132 tabletes de maconha em malas no Aeroporto de Fortaleza

A curiosa cidade americana que proíbe a venda de bebidas alcoólicas

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*