Protestos em massa em Portugal exigem ação contra a imigração “ilegal”

Foto/Reprodução.

Milhares se mobilizam contra o que chamam de imigração ilegal e descontrolada, enquanto o governo intensifica a fiscalização de pedidos de regularização.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

No último domingo (29), Lisboa foi palco de uma grande manifestação convocada pelo partido de extrema direita Chega. Cerca de 3 mil a 4 mil pessoas saíram às ruas do centro da capital portuguesa para protestar contra a imigração, que consideramilegal e descontrolada”. Os manifestantes, agitando bandeiras verdes e vermelhas de Portugal, cantaram o hino nacional e ergueram faixas exigindo o fim da imigração em massa e a “deportação dos imigrantes que cometem crimes”.

O líder do Chega, André Ventura, marcou presença no evento e foi aclamado pela multidão. “Portugal está a ter uma imigração descontrolada. Nós temos neste momento entre 10% a 15% de população imigrante”, afirmou ele. Ventura criticou a origem de muitos imigrantes, destacando: “Quem vêm do Marrocos, da Síria, do Nepal e da Índia não está a vir de nenhuma guerra, como está a acontecer em Portugal, Grécia, Espanha e Itália. Ou nós acabamos com isso, ou um dia não haverá país que sobreviva e não há fronteiras que sobrevivam.”

Em contrapartida, uma manifestação paralela em defesa dos imigrantes também ocorreu no mesmo dia. Inês, uma das participantes, expressou seu descontentamento com os protestos do Chega: “Estou aqui pela razão óbvia de sempre, que é lutar contra o racismo, contra o fascismo e contra todas essas pessoas que não têm absolutamente nada na cabeça e que não aceitam a existência de outras vidas no país.”

Diante do cenário de duas manifestações simultâneas, um grande número de policiais foi mobilizado devido ao receio de confrontos. A tensão aumentou quando os dois grupos se aproximaram, e os manifestantes do Chega começaram a entoar gritos de “reconquista”. Dois manifestantes foram detidos durante o desenrolar dos protestos.

A imigração em Portugal vem aumentando, com um crescimento de 33,6% no ano passado. Atualmente, os imigrantes representam cerca de 10% da população total do país. Entre as comunidades estrangeiras, os brasileiros estão no topo da lista, com cerca de 368.500 pessoas, seguidos por angolanos e cabo-verdianos. Indianos e nepaleses também figuram entre os dez principais grupos.

Recentemente, o governo de direita de Portugal decidiu endurecer a política de imigração, revogando uma norma que permitia a regularização de imigrantes que comprovassem trabalho por um ano, mesmo se tivessem ingressado no país de forma irregular. Atualmente, cerca de 400 mil pedidos de regularização permanecem sem processamento, todos apresentados antes das novas alterações legais.

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