Dívida pública ultrapassa R$ 9 trilhões pela primeira vez na história e expõe crise fiscal no governo Lula

Alta expressiva desde 2023 reforça preocupações com sustentabilidade econômica.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

Pela primeira vez na história, a dívida pública bruta do Brasil ultrapassou a marca de R$ 9 trilhões. Segundo dados divulgados pelo Banco Central em novembro, o valor alcançou R$ 9,032 trilhões em outubro de 2024. Esse montante representa um crescimento de 14% em relação ao mesmo período de 2023 e de 1,16% comparado ao mês anterior.

O aumento acumulado durante o governo Lula já chega a R$ 1,8 trilhão, equivalente a um acréscimo de quase 7 pontos percentuais na relação entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB). Atualmente, o comprometimento da dívida com o PIB está em 78,6%, o maior nível registrado nos últimos três anos.

Custo elevado dos juros e déficit crescente

Um dos principais fatores que agravam a situação fiscal do país é o custo elevado dos juros sobre a dívida. Em outubro, os gastos do setor público com juros nominais atingiram R$ 111,6 bilhões, registrando um aumento de 80% em comparação ao mesmo mês de 2023. Esse impacto reflete diretamente a manutenção da Selic em patamares elevados, encarecendo o financiamento da dívida.

Nos últimos 12 meses, os gastos com juros somaram R$ 869,3 bilhões, contribuindo para um deficit nominal de R$ 1,093 trilhão – equivalente a 9,5% do PIB. Esse cenário reforça a urgência de medidas para equilibrar as contas públicas e controlar o avanço do endividamento.

Desafios fiscais persistem

A evolução da dívida pública durante o atual governo levanta questionamentos sobre a estratégia adotada para lidar com os desafios fiscais. Economistas alertam que o aumento dos gastos públicos, aliado à falta de reformas estruturais, pode dificultar ainda mais a recuperação econômica e comprometer o futuro financeiro do país.

Sem medidas concretas para conter o crescimento do endividamento, o Brasil corre o risco de enfrentar um cenário econômico cada vez mais instável, com reflexos negativos para a população e para o ambiente de negócios.

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