Bolsonaro se emociona ao acompanhar Michelle no aeroporto para posse de Trump e denuncia perseguição política

Bolsonaro critica decisão do STF que o impediu de viajar e afirma enfrentar perseguição política

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

A ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro na posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos gerou indignação entre seus apoiadores. Impedido de sair do país por decisão do ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro revelou emoção ao acompanhar a esposa, Michelle Bolsonaro, até o aeroporto em Brasília. “Obviamente seria muito bom a minha ida lá. O presidente Trump gostaria muito, tanto é que ele me convidou. Estou chateado, abalado ainda, mas eu enfrento uma enorme perseguição política por parte de uma pessoa”, declarou, referindo-se à sua situação atual.

Além de lamentar a impossibilidade de comparecer ao evento, Bolsonaro reafirmou o sentimento de perseguição: “Eu sou preso político, apesar de estar sem tornozeleira eletrônica. Espero que a sua excelência não queira colocar em mim para humilhar de vez uma tornozeleira eletrônica”. Ele destacou que tinha encontros pré-agendados com chefes de estado e criticou a decisão que considera desproporcional e injusta.

Michelle Bolsonaro, que representará o marido na cerimônia, também expôs sua opinião sobre o tratamento dado ao ex-presidente: “Meu marido está sendo perseguido, assim como aqueles que Deus envia serão perseguidos, a gente sabe disso. Espero que Deus tenha misericórdia da nossa nação, do meu marido. É um certo medinho que eles têm do meu marido.”

Críticas diretas a Alexandre de Moraes e Lula

As palavras do ex-presidente mostraram a insatisfação com as ações de Alexandre de Moraes, vistas como mais um episódio de “humilhação” e cerceamento político. Bolsonaro ainda fez menção à fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acusando-o de difamação: “Vou processar o Haddad. Ele não tem o que fazer, sempre me acusa de alguma coisa. Falou inclusive que eu comprei 101 imóveis sem origem de dinheiro. Me acusa de arrumar dinheiro via rachadinha pra comprar 101 imóveis. Eu nunca tive um cargo no governo federal.”

Além disso, Bolsonaro não poupou críticas ao presidente Lula, chamando-o de “bebum” e questionando a competência do governo: “Qual é o motivo da prisão do general Braga Netto? Que plano é esse? Mostra a tal da minuta de golpe. Discuti hipóteses, como disse o comandante do exército, de dispositivos constitucionais. Isso não é golpe.”

A frustração de um convite recusado pela Justiça

Bolsonaro reforçou que o convite de Trump simboliza o reconhecimento de seu papel na luta pela democracia: “Gostaria de apertar a mão dele, conversar, entendo a grandiosidade do momento, as pessoas importantes que teriam para conversar, mas com toda certeza se ele me convidou ele tem a certeza que pode colaborar com a democracia do Brasil, afastando inelegibilidades políticas, como as duas minhas que eu tive.”

Enquanto isso, o gesto de Michelle e Eduardo Bolsonaro de representá-lo na posse mostra a continuidade do legado político do ex-presidente, mesmo diante de adversidades. A decisão de Alexandre de Moraes, contudo, deixa um rastro de indignação entre os eleitores, que veem nas atitudes do ministro uma perseguição clara e sem precedentes.

Mobilização da direita e repúdio ao STF

O episódio reacendeu debates sobre os limites das decisões do Supremo Tribunal Federal e o impacto na liberdade política. Eleitores de Bolsonaro demonstraram revolta nas redes sociais, acusando o STF de abusos. Para eles, essa seria mais uma tentativa de deslegitimar o ex-presidente e silenciar a oposição conservadora.

A situação reforça a polarização política no Brasil, com Bolsonaro sendo símbolo de resistência para seus apoiadores. Sua fala reflete o sentimento de milhões de brasileiros: “Estou chateado, abalado ainda, mas enfrento uma enorme perseguição política.”

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