
Moeda começa o ano com um recuo mensal de 5,60% frente ao real, depois de fechar 2024 com valorização de 27%, a maior alta desde 2020.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
O dólar iniciou o ano apresentando uma desvalorização de 5,60% em janeiro em relação ao real, após ter encerrado 2024 com a maior alta anual desde 2020. Essa queda, a mais significativa desde junho de 2023, não é muito favorável para investidores em ações de empresas estrangeiras, ações de companhias brasileiras com receita em dólar ou commodities. Em contrapartida, uma cotação mais acessível traz alívio para aqueles que estão no Brasil e têm a intenção de se mudar para os Estados Unidos.
As taxas para solicitação de vistos são estabelecidas em dólar, o que significa que, com a queda do dólar, o valor em reais também diminui, tornando o processo mais barato. De acordo com a consultoria Premium Global Mobility, o visto mais acessível é o de Turismo e Negócios (B1/B2), que custa US$ 185. Com a cotação de fechamento de janeiro a R$ 5,84, o custo total será de R$ 1.051, comparado a R$ 1.143 em dezembro, quando o dólar estava a R$ 6,18.
Para aqueles que pretendem visitar os EUA temporariamente, seja para turismo, reuniões de negócios ou eventos, este visto é uma opção viável. Já os vistos imigratórios mais econômicos, como o EB-1 e o EB-2 NIW, são direcionados a profissionais altamente qualificados e indivíduos com “habilidades extraordinárias” que desejam imigrar diretamente para os EUA com a possibilidade de obter um Green Card.
Os custos para essas categorias de visto incluem:
– Taxa de solicitação do visto americano: US$ 315
– Taxas governamentais: entre US$ 1.000 e US$ 1.500
– Serviços imigratórios: entre US$ 15.000 e US$ 20.000
– Exames médicos: entre US$ 200 e US$ 400
Assim, quem iniciou o processo de visto em 2 de janeiro de 2024, quando o dólar estava a R$ 4,89, gastou R$ 1.540. Em contraste, aqueles que solicitaram o visto no final de janeiro de 2025 desembolsaram em média R$ 1.839. Para o visto EB-5, destinado a investidores, as taxas de governo são ainda mais altas, totalizando US$ 3.600.
Independentemente da categoria, o consulado americano aceita cartões de crédito, boletos e pagamentos via PIX para as taxas de visto. Vale ressaltar que as taxas têm validade de 365 dias a partir da compra.
As taxas de solicitação de visto americano podem ser reajustadas. Este processo é regulado pela agência de Serviços de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS) e pelo Departamento de Estado (DOS), variando conforme o tipo de visto. Bruno Lossio e Henrique Scliar, cofundadores da Premium Global Mobility, explicam que, em 2024, houve reajustes nas taxas para os vistos de trabalho das categorias H-1B, L-1 e O-1.
Em 2020, o USCIS tentou aumentar as taxas, mas enfrentou barreiras legais. Três anos depois, o órgão propôs um novo aumento devido a um déficit financeiro e ao aumento da demanda por processos de imigração. O DOS, que supervisiona os vistos de não imigrantes e algumas petições de imigrantes, também revisa periodicamente suas taxas para cobrir custos operacionais.
O ajuste das taxas segue um procedimento que inclui a publicação da proposta de alteração no Diário Oficial do governo americano (Federal Register), um período de consulta pública e, finalmente, a divulgação dos novos valores e seu prazo de implementação.
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