Trump avança na pacificação do Oriente Médio com acordo histórico entre Israel e Arábia Saudita

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Estratégia dos EUA fortalece laços diplomáticos e reduz influência iraniana na região.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conhecido por sua abordagem pragmática e direta em política internacional, está mais uma vez no centro das articulações para transformar o cenário do Oriente Médio. Sua nova missão é ambiciosa: consolidar um acordo entre Israel e Arábia Saudita, países historicamente adversários, mas que podem estar à beira de uma aproximação inédita sob a liderança americana.

A pacificação da região tem sido uma das prioridades estratégicas de Trump, e os avanços recentes mostram que essa não é uma meta distante.

O cessar-fogo em Gaza e a libertação de reféns representam apenas o primeiro estágio desse processo, abrindo caminho para negociações mais amplas e estruturadas.

A especialista em Relações Internacionais Karina Calandrin reforça essa perspectiva: “O recente cessar-fogo e a liberação de reféns podem ser vistos como passos positivos que criam um ambiente mais propício para negociações amplas. A disposição dos EUA em intermediar e garantir acordos aumenta a confiança das partes envolvidas, tornando um possível acordo entre Israel e Arábia Saudita mais viável no futuro próximo.”

Um legado de estabilidade e liderança

A administração Trump já demonstrou sua capacidade de mediar acordos históricos com a assinatura dos Acordos de Abraão em 2020, que estabeleceram relações diplomáticas entre Israel, Emirados Árabes Unidos e Bahrein.

Agora, o objetivo é incluir a Arábia Saudita nesse pacto de paz, o que representaria um avanço sem precedentes na política do Oriente Médio.

Durante um evento recente na Casa Branca, Trump expressou otimismo quanto à adesão saudita ao acordo: “A Arábia Saudita acabará entrando nos Acordos de Abraão. Em breve [isso ocorrerá]. Não falta muito.”

A presença de um negociador de peso, como Steve Witkoff, reforça a seriedade desse movimento diplomático. Witkoff, um empresário com grande influência nos países do Golfo, tem atuado ativamente para garantir a libertação dos reféns ainda sob o controle do Hamas. Sua nomeação como mediador é vista como estratégica por especialistas, incluindo Zaha Hassan, analista do Carnegie Endowment for International Peace:

“Seus negócios na região podem torná-lo um mediador eficaz.”

Arábia Saudita e a exigência de um Estado palestino

Apesar dos avanços, a Arábia Saudita condiciona a normalização das relações com Israel à criação de um Estado palestino ou, no mínimo, a um plano sólido que leve a esse desfecho. Esse ponto tem sido central nas negociações, e Trump está disposto a usar sua influência para encontrar uma solução viável, garantindo que todas as partes envolvidas sintam-se atendidas.

A analista Zaha Hassan destaca que Trump tem um diferencial importante nesse processo, em comparação com o atual presidente dos EUA: “Dado o desejo de Trump de concretizar um acordo de normalização entre Arábia Saudita e Israel e a exigência saudita de que tal acordo inclua um Estado palestino ou um caminho irreversível para isso, há alguma esperança de que Trump, ao contrário de Biden, use o peso da presidência para alcançar um verdadeiro ‘acordo do século’.”

O impacto global de um possível acordo

Se concretizado, um tratado entre Israel e Arábia Saudita não apenas reforçaria a liderança dos EUA no Oriente Médio, mas também minaria a influência do Irã.

Um dos principais opositores de Israel e um dos maiores financiadores de grupos terroristas na região. Além disso, poderia transformar completamente o cenário geopolítico, criando uma aliança improvável, mas poderosa, entre o Estado judeu e a principal potência islâmica.

Essa movimentação diplomática, embora complexa, mostra a capacidade de Trump em transformar o discurso em ação. Se há alguém capaz de intermediar uma solução duradoura para o Oriente Médio, essa pessoa é ele.

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