Nova terapia inalatória chega ao Brasil para tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

DPOC: nova terapia que reduz 52% das crises da doença chega ao Brasil
Medicamento pode reduzir em mais de 50% as crises moderadas ou graves da doença.
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

Uma nova opção de tratamento para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) chegou ao Brasil em fevereiro, trazendo avanços significativos na redução das crises da enfermidade. Desenvolvida pela biofarmacêutica AstraZeneca, a terapia tripla inalatória promete diminuir em 52% as exacerbações moderadas ou graves, comparada aos tratamentos convencionais baseados em dois broncodilatadores.

Como funciona o novo tratamento?

A inovação combina três componentes em um único inalador:

  • Fumarato de formoterol (LABA – beta-2-agonista de longa ação), que relaxa os músculos das vias aéreas.
  • Brometo de glicopirrônio (LAMA – antagonista muscarínico de longa ação), que reduz a contração dos brônquios.
  • Budesonida (glicocorticosteroide), que atua como anti-inflamatório.

Essa combinação possibilita uma melhora mais abrangente na função pulmonar, prevenindo crises e internações, além de proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes.

A quem se destina essa terapia?

De acordo com o professor José Eduardo Cançado, especialista em pneumologia, a tripla terapia é indicada para pacientes que já utilizam dois broncodilatadores, mas continuam apresentando crises da doença. Ele destaca que o controle da DPOC envolve, além dos medicamentos, parar de fumar, manter as vacinas em dia e praticar atividades físicas.

O que é a DPOC?

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma enfermidade progressiva que afeta os pulmões, dificultando a respiração. Ela pode se manifestar como enfisema pulmonar, bronquite obstrutiva crônica ou ambos, resultando em sintomas como tosse persistente, produção excessiva de muco e falta de ar.

A condição está entre as principais causas de morte no mundo e, no Brasil, estima-se que 14 milhões de pessoas convivam com a doença, mas apenas um terço delas recebe diagnóstico. O tabagismo é o fator de risco mais relevante, mas a doença também pode ocorrer em não fumantes.

Sem tratamento adequado, os pacientes podem apresentar episódios de exacerbação, caracterizados pelo agravamento súbito dos sintomas, o que pode levar a complicações como doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais (AVC).

Impacto e inovação no tratamento da DPOC

Os estudos clínicos KRONOS e ETHOS, que embasaram a aprovação da nova terapia, demonstraram que o uso da tripla combinação reduz em 20% as taxas de internação e em 49% o risco de mortalidade geral, quando comparado ao tratamento com apenas dois broncodilatadores.

Além disso, a tecnologia utilizada no inalador favorece a distribuição uniforme dos medicamentos nos pulmões, melhorando a eficácia do tratamento e reduzindo efeitos adversos.

A chegada desta terapia ao Brasil representa um avanço no controle da DPOC, ajudando a reduzir exacerbações, hospitalizações e até taxas de mortalidade.

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