Presidente da Conmebol compara Libertadores sem brasileiros a “tarzan sem a chita” e se retrata após polêmica

Foto: Reprodução.
Alejandro Domínguez faz analogia controversa em entrevista, gerando reações de clubes brasileiros; ele pede desculpas e reforça compromisso contra o racismo no futebol.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

Após o sorteio dos grupos da Libertadores 2025, Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, causou polêmica ao fazer uma analogia envolvendo a série “Tarzan” ao falar sobre a possibilidade de uma Libertadores sem clubes brasileiros.

Em entrevista, Domínguez afirmou que seria como “Tarzan sem a Chita”, fazendo referência ao macaco que era fiel companheiro do protagonista. A comparação gerou reação imediata, principalmente entre os dirigentes de clubes brasileiros, que ficaram surpresos com a declaração.

Polêmica e reação dos clubes brasileiros

A declaração de Domínguez veio após um episódio de racismo durante a Libertadores Sub-20, quando o jogador Luighi, do Palmeiras, foi alvo de insultos de torcedores do Cerro Porteño.

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, sugeriu que os clubes brasileiros poderiam deixar as competições da Conmebol, algo que gerou ainda mais tensão no ambiente futebolístico.

Quando perguntado sobre a ausência dos clubes brasileiros na Libertadores, o presidente da Conmebol comparou a situação com a perda do personagem Chita da história de “Tarzan”, dizendo que a competição seria incompleta sem as equipes do Brasil.

Reação imediata e retratação

Após a repercussão negativa de suas palavras, os clubes brasileiros, representados pelos dirigentes filiados à Libra, exigiram uma retratação. Domínguez, então, se desculpou publicamente por meio de uma nota nas redes sociais, esclarecendo que sua intenção nunca foi desqualificar ou menosprezar ninguém. Ele afirmou que a expressão utilizada era apenas uma frase popular e que a Conmebol considera impensável a Libertadores sem a participação de clubes de todos os países membros.

“Quero expressar minhas desculpas. A expressão que utilizei é uma frase popular e jamais tive a intenção de menosprezar nem desqualificar ninguém. A CONMEBOL Libertadores é impensável sem a participação de clubes dos 10 países membros. Sempre promovi o respeito e a inclusão no futebol e na sociedade, e reafirmo meu compromisso de seguir trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de discriminação”, escreveu Domínguez.

Racismo no futebol e compromisso com ações mais firmes

No mesmo evento, Domínguez também abordou a questão do racismo no futebol, um problema que tem sido cada vez mais recorrente nas competições organizadas pela Conmebol. Ele lamentou o caso de Luighi e enfatizou que a Conmebol tem trabalhado para aplicar sanções e medidas para combater o racismo, embora reconheça que os esforços ainda não sejam suficientes para erradicar o problema.

“O racismo é um flagelo que não tem origem no futebol, mas sim na sociedade. No entanto, ele afeta o futebol de forma cruel. A Conmebol está ciente disso e faz tudo o que pode para combater esses atos, mas reconhecemos que ainda temos muito a fazer”, afirmou o presidente da entidade.

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