
Após tragédia com aeronave do modelo 787-8 Dreamliner, companhia aérea suspendeu voos para destinos como Londres e Paris. Autoridades da Índia e dos EUA investigam o caso, enquanto a Air India realiza inspeções rigorosas em sua frota por ordem do órgão regulador.
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
A Air India cancelou ao menos oito voos internacionais operados por aeronaves Boeing 787-8 Dreamliner, em meio a um rigoroso processo de fiscalização técnica imposto pelas autoridades indianas após o trágico acidente da última semana, que deixou 279 mortos.
Os cancelamentos, registrados na terça-feira (17), afetaram rotas para Londres, Paris, Viena e Dubai. Segundo a companhia aérea, os motivos incluem falhas técnicas, indisponibilidade de aeronaves, restrições no espaço aéreo e inspeções de segurança mais longas.
A medida segue uma diretriz emergencial da Direção-Geral da Aviação Civil da Índia (DGCA), que determinou a revisão completa de todos os aviões do modelo Dreamliner. Em menos de 48 horas após a ordem, pelo menos três voos foram suspensos ou enfrentaram atrasos significativos. Outro avião da companhia, um Boeing 777 com destino a Mumbai, também teve seu voo cancelado por falha técnica.
O acidente que motivou a mobilização ocorreu na última quinta-feira (13), logo após a decolagem de um voo que partia de Ahmedabad rumo a Nova Délhi. A aeronave caiu sobre uma área residencial, deixando 242 mortos a bordo e outras 38 vítimas no solo. Apenas uma pessoa sobreviveu.
As investigações estão sendo conduzidas pelo Gabinete Indiano de Investigação de Acidentes (AAIB) e contam com a colaboração do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB), já que o modelo envolvido foi fabricado pela americana Boeing.
Enquanto isso, a frota de Dreamliners da Air India passa por inspeções rigorosas, que incluem checagem de motores, trem de pouso e flaps — componentes das asas essenciais para pousos e decolagens.
Ainda sem previsão de retorno completo das operações com o Boeing 787-8, a Air India enfrenta novas pressões sobre seus protocolos de manutenção. Internamente, fontes da companhia indicam que os voos só serão retomados quando todas as exigências de segurança forem cumpridas.
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