Presidente dos EUA considera mobilização das Forças Armadas como resposta legítima diante da crescente desordem nas ruas.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira que está avaliando seriamente a possibilidade de acionar a Lei da Insurreição, caso os protestos em Los Angeles se intensifiquem. A legislação, que remonta a 1807, permite o uso das Forças Armadas no território nacional em situações de grave ameaça à ordem pública.
Durante entrevista, Trump foi direto ao abordar a gravidade dos acontecimentos recentes. “Se tiver uma insurreição, eu certamente vou invocar esta lei. Vamos ver, mas eu posso te dizer que a noite passada foi terrível, a anterior também. Veja o que está acontecendo: eu posso te dizer que tem certas áreas de Los Angeles em que, na noite passada, você poderia classificar como uma insurreição.”
Nos últimos dias, o governo federal já havia enviado 700 fuzileiros navais à cidade como reforço à atuação da Guarda Nacional. A decisão veio após uma série de episódios violentos ligados a protestos que, segundo a Casa Branca, deixaram de ser manifestações legítimas e passaram a ameaçar a segurança de comunidades inteiras.
A Lei da Insurreição foi usada em momentos históricos delicados, como em 1992, quando tumultos em Los Angeles exigiram resposta federal. Também foi acionada em outros períodos críticos da história americana para proteger direitos civis e combater grupos extremistas.
Em discurso a militares na Carolina do Norte, Trump reforçou a gravidade da situação atual e sugeriu que há uma ação orquestrada por trás dos protestos, que se espalham para outras cidades como Nova York, Chicago e Washington. O presidente também defendeu leis mais rígidas contra atos de desrespeito à bandeira nacional e cobrou responsabilização de quem financia esse tipo de movimento.
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, se posicionou contra a presença federal e acionou a Justiça para tentar barrar a medida. Ainda assim, Trump não recuou e criticou a postura das autoridades locais. Para ele, a falta de ação dos governos estaduais em momentos de crise exige uma resposta firme da presidência. “Se tiver uma insurreição, eu certamente vou invocar esta lei”, reafirmou, deixando claro que não descarta nenhuma medida para garantir a segurança da população.
Apesar dos custos da mobilização, estimados em 134 milhões de dólares segundo o Pentágono, o presidente considera que a preservação da ordem e da autoridade legal é uma prioridade inegociável. Diante do avanço do caos, a disposição de Trump em usar todos os meios constitucionais à disposição encontra respaldo entre eleitores que pedem ação diante do descontrole.
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