50 países exigem respostas sobre a crise na Venezuela enquanto Brasil se mantém omisso

Comunidade internacional pressiona o governo de Maduro, mas o Brasil não se junta à declaração conjunta sobre fraudes eleitorais e abusos de direitos humanos.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

A situação política na Venezuela permanece tensa e atrai a atenção internacional. Recentemente, na Assembleia Geral das Nações Unidas, 50 países, incluindo a União Europeia, uniram forças em uma declaração conjunta pedindo uma resolução para o impasse com o governo de Nicolás Maduro. No entanto, o Brasil se destacou ao não assinar esse documento significativo, levantando questões sobre sua postura em relação ao tema.

O cenário das últimas eleições realizadas em julho passado, foram marcadas por polêmicas ações que levantaram graves acusações de fraude. A declaração conjunta destaca a preocupação com a repressão e os abusos de direitos humanos na Venezuela, incluindo “prisões arbitrárias e intimidação contra a oposição”.

Atualmente, a Venezuela enfrenta uma crise política e humanitária profunda. Os países que assinaram a declaração expressaram sua inquietação sobre a repressão generalizada. Desde o final de julho, mais de 2,4 mil manifestantes foram detidos e pelo menos 25 pessoas perderam a vida em protestos contra a reeleição de Maduro.

Um dos principais adversários de Maduro, Edmundo González, encontra-se em exílio na Espanha, enfrentando três mandados de prisão por supostos crimes pós-eleitorais, como “incitação à desobediência” e “conspiração”.

A declaração conjunta pede ações contundentes do governo venezuelano, como:

  • A libertação imediata das pessoas detidas arbitrariamente sem julgamento justo.
  • O fim do uso excessivo da força e da violência política contra a oposição e a sociedade civil.
  • O retorno do Gabinete do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos ao país
  • A criação das condições necessárias para que o gabinete da ONU cumpra plenamente seu mandato.

A lista dos 50 países que assinaram a declaração inclui diversas nações europeias e latino-americanas, além de representantes de várias regiões do mundo.

Enquanto isso, o G7, composto pelas sete maiores economias do mundo, emitiu um comunicado a respeito da situação na Venezuela. O grupo reafirmou a pressão sobre o regime de Maduro e manifestou seu apoio à oposição.

Porém, o governo brasileiro sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil tem adotado uma postura questionável. Desde sua posse em 2023, Lula tem ignorado as atrocidades cometidas pelo regime de Maduro, optando por restabelecer relações diplomáticas com a Venezuela, mesmo diante de claros abusos de direitos humanos. Sua ausência de menção à crise venezuelana durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU foi vista como uma falha grave, demonstrando um alinhamento preocupante com um regime autoritário e enfraquecendo a posição do Brasil no cenário internacional.

A situação na Venezuela é complexa, envolvendo fatores que vão além da política interna. A influência regional e global será decisiva para determinar os próximos passos e possíveis soluções para essa crise que continua a afetar milhões de venezuelanos.

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