
Presidente ucraniano busca diálogo direto para consolidar defesa nacional e recuperar territórios ocupados.
Por Ana Mendes | GNEWSUSA
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou sua intenção de cooperar diretamente com Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, para desenvolver um plano diplomático que acelere o fim da guerra contra a Rússia. Em entrevista recente, Zelensky também ressaltou a necessidade de expandir a parceria militar com a Otan e fortalecer o papel dos EUA no apoio à soberania ucraniana.
“É claro que trabalharemos com Trump. Quero trabalhar diretamente com ele”, afirmou Zelensky, destacando a importância de uma abordagem colaborativa. “Quero compartilhar ideias com ele e quero ouvir dele suas ideias.”
Estados Unidos como pilar de resistência ucraniana
Desde o início da invasão russa, a Ucrânia tem contado com o apoio financeiro e militar dos Estados Unidos, que já destinaram cerca de US$ 64,1 bilhões à defesa ucraniana. Em reuniões anteriores, Zelensky e Trump começaram a esboçar caminhos para fortalecer a aliança.
Como parte da estratégia, o chefe de gabinete de Zelensky, Andriy Yermak, planeja viajar aos EUA para encontros com Trump e seu enviado especial à Ucrânia, general Keith Kellogg. Kellogg defende um pacto que garanta à Ucrânia segurança contra futuras ofensivas russas.
“Essas conversas foram um primeiro passo importante, mas precisamos de mais detalhes até que tenhamos um plano real onde a Ucrânia seja forte”, comentou Zelensky sobre as reuniões iniciais em Nova York.
Plano com a Otan: proteção enquanto negociações avançam
Zelensky também propôs uma solução provisória para acelerar o fim do conflito: a integração da Ucrânia à Otan, protegendo o território atualmente sob controle ucraniano, enquanto o status das áreas ocupadas pela Rússia é discutido.
“Ninguém nos ofereceu fazer parte da Otan apenas para uma parte ou outra da Ucrânia. Se quisermos parar a ‘fase quente’ da guerra, devemos colocar sob o guarda-chuva da Otan o território da Ucrânia que está sob nosso controle”, disse o líder ucraniano. Ele reforçou, no entanto, que a Ucrânia não abrirá mão de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas.
Resistência russa e escalada da violência
Enquanto Zelensky busca soluções diplomáticas, a Rússia intensifica seus ataques. Vladimir Putin, descrito pelo presidente ucraniano como alguém que “não quer parar a guerra”, continua a ampliar as ofensivas com o uso de mísseis hipersônicos e tropas auxiliadas pela Coreia do Norte, segundo relatórios de inteligência ocidental.
Apesar do cenário desafiador, Zelensky demonstrou confiança em um futuro mais seguro para seu país. A postura firme da Ucrânia reafirma seu compromisso com a integridade territorial e a soberania, resistindo aos avanços de um regime autoritário e buscando apoio estratégico para consolidar a paz.
Leia mais
EUA cortam laços estratégicos com a Geórgia em meio a protestos e crise política
Justiça atende pedido de Tarcísio e pede relatório detalhado da Enel sobre os apagões em SP
Sérgio Moro se alinha a Zelensky e critica posição de Lula sobre a Ucrânia
Faça um comentário