EUA cortam laços estratégicos com a Geórgia em meio a protestos e crise política

Decisão ocorre após governo georgiano abandonar negociações para adesão à União Europeia.

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA

Estados Unidos anunciaram a suspensão de sua parceria estratégica com a Geórgia, marcando um momento de tensão diplomática em meio a uma crise interna no país do Cáucaso. O governo norte-americano justificou a decisão como uma resposta às recentes medidas tomadas pelo partido governista Sonho Georgiano, que decidiu interromper as tratativas para que o país se tornasse membro da União Europeia.

“Condenamos a força excessiva usada contra os georgianos que protestam legitimamente contra essa traição à sua constituição – a UE é um baluarte contra o Kremlin”, declarou Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado. Ele foi enfático ao afirmar: “Portanto, suspendemos nossa parceria estratégica com a Geórgia.”

Protestos e clima de instabilidade

A capital georgiana, Tbilisi, tem sido palco de intensos protestos desde a decisão do governo, que resultou na prisão de mais de 100 pessoas somente na sexta-feira (29). Manifestantes acusam o partido no poder de sabotagem ao futuro europeu da Geórgia, intensificando as divisões internas.

A presidente do país, Salome Zourabichvili, reforçou sua posição crítica ao governo e anunciou que permanecerá no cargo mesmo após o fim de seu mandato, em dezembro. “As últimas eleições parlamentares foram uma farsa e uma operação especial da Rússia para colocar o partido Sonho Georgiano”, afirmou, referindo-se ao processo eleitoral que, segundo ela, teria sido manipulado para beneficiar a legenda governista.

Repercussões internacionais

A decisão dos EUA de cortar os laços estratégicos aumenta a pressão sobre o governo georgiano, que já enfrenta críticas por um suposto alinhamento com Moscou. O partido Sonho Georgiano é amplamente acusado de comprometer o caminho democrático da Geórgia, levantando preocupações sobre sua independência política e a influência estrangeira em suas decisões.

Com o agravamento da crise, o futuro do país permanece incerto, enquanto as ruas de Tbilisi seguem como palco da resistência popular.

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